Opinião
FESTIVAL AMPLIA PAPEL DE ANUNCIANTES
Publicado emEm passagem pelo Brasil Simon Cook anunciou a nova categoria Brand Lion
Criado em 1953 como Festival Internacional do Filmes Publicitário, Cannes manteve o status até 1991. Em 92 estreou a categoria Press e no ano seguinte o Brasil ganhou seu primeiro Grand Prix com anúncio do guaraná Antarctica Diet criado na DM9 por Marcello Serpa e Nizan Guanaes.
A introdução do Print no festival foi o start para o lançamento de novas áreas, como Media, Radio, Direct, hoje um conjunto de mais de 30 categorias.
Com isso também houve uma abertura para a participação de anunciantes, que cresceram ao longo dos anos, praticamente equilibrando a presença no evento de profissionais de agências e empresas.
Em passagem pelo Brasil nesta semana, Simon Cook, CEO do Cannes Lions, anunciou, entre outras novidades para a edição 2026, a criação da categoria Creative Brand Lions, que vai premiar as marcas que constroem sistemas, culturas e capacidades que tornam o marketing criativo “inevitável e replicável”.
Como convidado do “Estadão”, há mais de 20 anos representante oficial do Cannes Lions no Brasil, Cook disse a profissionais do mercado publicitário que a premiação celebra práticas que transformam o potencial criativo em impacto comercial duradouro.
A estratégia do festival, cuja marca foi adquirida em 2024 pelo grupo britânico Ascential por US$, 1,6 bilhão, é clara e inteligente, ao ampliar a importância do anunciante, quem detém a decisão financeira de inscrever peças no Cannes Lions.
Em seu discurso, Cook foi direto ao afirmar que se em 70 anos o festival reconhece os trabalhos e resultados criativos, chegou a hora de premiar também os responsáveis pelos inputs que proporcionam a sua realização.
