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MESTIÇA ABRE PORTAS PARA PERIFÉRICAS

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Idealizado pela diretora de arte da Mestiça, Tawane Silva, a agência inicia parceria com o projeto Periféricas, que visa diminuir a distância entre mulheres que residem em regiões periféricas de São Paulo e grande São Paulo e a área de Criação da agência de publicidade.

Nos próximos quatro meses, na sede da Mestiça, serão realizadas aos sábados aulas gratuitas e monitoria profissional para a construção de um portfólio competitivo.  O projeto nasceu após pesquisas mostrarem que a distância entre casa e trabalho também afasta as mulheres das agências, fazendo com que muitas jovens não se sintam pertencentes a esse mercado ou sofram algum tipo de discriminação nos processos seletivos. 

A partir deste sábado (19) e até o final de janeiro, a agência abre suas portas para 10 mulheres estudantes de Comunicação UMC (Universidade de Mogi das Cruzes). A ideia é que as participantes convivam com profissionais da agência e do mercado e aprendam na prática como é o dia a dia da área de Criação, desde receber o briefing até aprovar uma ideia com o diretor de Criação e o cliente.

“Não é surpresa pra ninguém que as agências buscam profissionais que passaram por grandes universidades, as mesmas que ficam nos grandes centros. E, enquanto as pessoas tiverem os mesmos perfis dentro das agências, a inclusão será ainda mais difícil. Nosso objetivo não é apenas falar sobre a diversidade, mas sim incluir as minorias de forma que elas se sintam seguras e a vontade”, explica Tawane.

“Nossas pesquisas mostraram que 50% das meninas desistem da área de Criação ao longo do curso de Propaganda, seja por pressões ou equívocos. Nós queremos que elas não desistam e o Periféricas dará suporte, incentivo, liberdade e transformação”, acrescenta Mylena Dalbone, supervisora de Planejamento da Mestiça.

Além das aulas, o projeto Periféricas disponibiliza uma plataforma (labperifericas.com.br) para que os interessados possam acessar, ler o manifesto e entrar em contato. A plataforma também hospedará os portfólios das participantes para que diretores de arte, redatores e diretores de criação possam ter acesso.

Para chamar a atenção dos líderes criativos do mercado para o portfólio das mulheres participantes das edições do projeto, haverá uma ação de OOH, além de ativação nas redes sociais com as histórias de cada participante.

“Quando o grupo apresentou o projeto, ficamos empolgados em abraçar a ideia e disponibiliza-la. Aqui na agência nós temos mais de 50% de mulheres, e na Criação estamos com 40% de mulheres. Um número que queremos melhorar e iniciativas como essa ajudam não só a nossa agência como todo o mercado”, explica Denis Filippini, sócio e Chief Design Officer da Mestiça.