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AGÊNCIAS OCUPAM ESPAÇO E CONSOLIDAM SETOR

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Gelli: sonho de qualquer designer

Do início da profissionalização do Desing no Brasil como parte integrante do processo criativo, até seu reconhecimento pleno pelo mundo empresarial, passaram-se 25 anos. Pode-se dizer que o segmento, na comunicação brasileira, ganhou importância através de um dos seus pioneiros, Lincoln Seragini, nos anos 90, e atingiu status de componente essencial no processo com Fred Gelli, nos dias atuais. Hoje, grandes projetos de Branding e Design em concorrência já não incluem mais agências de publicidade na competição. É o reconhecimento de um setor que consegue diferenciar um produto ou serviço, já que atributos como tecnologia, por exemplo, se tornaram commodities. Há duas décadas as agências de design ainda eram subcontratadas pelas agências de propaganda que dominavam 100% da verba do cliente. Atualmente, são no máximo parceiras. Agora, designers conversam diretamente com CEOs, VPs ou diretores de Marketing de grandes companhias que dividem seu budget de comunicação para contratar empresas especializadas em cada atividade. Gelli fundou a Tátil Design há 25 anos e viveu toda essa transformação do setor. No meio do caminho ele assistiu multinacionais como a norte-americana Landor cobrar US$ 1 milhão para desenvolver em 1997 a atual marca do Bradesco. Sem dúvida foi uma ação que ajudou as empresas brasileiras de Design a chegar ao reconhecimento do trabalho. “Os críticos desse valor cobrado pela Landor não levam em conta que o trabalho resultou numa marca que identifica o banco por muitos anos. Uma verba igual, hoje, às vezes é aplicada na produção de um comercial que vai ser veiculado por algumas semanas”, compara. Jurado brasileiro na primeira edição do Design Lions de Cannes, em 2008, Fred Gelli se tornou referência no setor. Nesses 25 anos já ganhou mais de 100 prêmios nacionais e internacionais e também foi jurado do D&AD e do Fiap. Sua Tátil é autora da marca dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, ao vencer processo com outras 138 concorrentes, realizada em 2010. “Fazer a marca de uma Olimpíada é um sonho de qualquer designer”, justifica. “É uma referência mundial, veiculada por seis anos e que após os jogos entra para a história”, comemora. Para ele, o importante é que empresários e dirigentes de Marketing já entenderam que é impossível separar Branding e Design. “É corpo e alma. Não dá para pensar isoladamente. É a evolução de construção de marca, que ajuda o público a entender o que é a empresa”, finaliza.