Mês: maio 2013

Deixando claro que vai fazer uma gestão de continuidade, principalmente em relação às três de Dalton Pastore e duas de Luiz Lara, Orlando Marques, novo presidente da ABAP, promete criar com a ABA um Manual de Práticas Comuns. Isso representa, na prática, uma orientação para associados das duas entidades sobre remuneração de agências e as concorrências predatórias. “Não posso obrigar agências a não entrar nesse tipo de processo, mas vamos ressaltar que existe uma relação obrigatória entre talento e valor. Tentaremos especialmente fazer com que as chamadas mesas de compra entendam isso”, disse o recém-empossado presidente da Associação Brasileira das Agências de Propaganda. Segundo ele, por defender ferrenhamente a liberdade de expressão comercial, não poderia jamais exigir um determinado tipo de comportamento das agências sem interferir em sua independência empresarial. Orlando Marques assumiu a ABAP para cumprir um biênio e já afirma que não pretende passar desse período. Por isso não está preocupado com a realização do 6º Congresso do setor da comunicação. “Não tenho pressa nem medo. Mas esse evento por enquanto não consta de nossa pauta. Ele fez essas declarações ao lado de seu vice-presidente, Armando Strozenberg, e do diretor jurídico da entidade, Paulo Gomes. Quanto ao prometido Manual de Práticas, afirmou já ter iniciado conversações com João Batista Ciaco, presidente da Associação Brasileira de Anunciantes. Outra questão levantada foi a participação da ABAP na polêmica entre anunciantes e produtoras sobre a entrega de material às emissoras. Paulo Gomes respondeu dizendo que mesmo após a realização do 2º Fórum Nacional da Produção, ainda não ficou claro o assunto Direitos Autorais. “Quando a entrega de material é física, fica explícito o direito autoral das produtoras. Mas quando passamos para o streaming, isso gera discussão”, disse ele. “Queremos é valorizar quem faz a propaganda, que é o nosso negócio. Por essa razão é que mesclamos a experiência com a juventude em nossa gestão. Trouxemos o Márcio Santoro e a Gal Barradas para nossos comitês para avaliar, por exemplo, a importância da Internet enquanto geradora de conteúdo. Também vamos contar com a juventude do Marcos Quintela no comando da regional São Paulo, o maior mercado publicitário do País”, concluiu Marques.  (responda à enqute ao lado sobre remuneração de serviços publicitários)

Assim como ocorreu nos dois anos anteriores, a Tudo, do grupo ABC, é a agência brasileira mais premiada no Ampro Globes Awards 2012 na categoria “Live Marketing” (Marketing do Entretenimento). Melhor agência regional de São Paulo na premiação, a Tudo conquistou cinco Ouros, quatro Pratas e cinco Bronzes. “Somos a empresa de Live Marketing mais premiada nos últimos três anos e isso demonstra que nosso esforço em mudar a vida dos nossos clientes tem sido reconhecido pelo mercado”, diz Maurício Magalhães, presidente da Tudo. A agência, criada há oito anos, também foi eleita Empresa Promocional do Ano no prêmio Colunistas SP 2012. É uma das agências com maior expertise no planejamento e na produção de eventos e promoção com uma linguagem inovadora e criativa, e uma das que mais conhece as peculiaridades do mercado brasileiro, com trabalhos para mais de 100 marcas em 120 cidades e 18 Estados do Brasil.

Quando se diz no mercado que o segmento do Som é o primo pobre da publicidade, a maioria concorda. Mas é preciso concordar também que pouco se fez até hoje para reverter esse quadro. Desunido, o setor se debate numa concorrência que não raras vezes chega a níveis predatórios. Kito Siqueira, atual presidente da Aprosom, explica que finalmente um primeiro passo foi dado em parceria com a Ancine, que estuda incluir em seus registros de comerciais os créditos de áudio. A partir daí pode-se caminhar para um mecanismo de fiscalização, hoje inexistente, que proporciona ofertas de serviços como faz a Tudo Rádios. Através de e-mails enviados a produtoras e entidades publicitárias, oferece locução a 10 reais, pacote de mil trilhas por 50 reais, mesmo valor cobrado por um pacote de mil efeitos. Parece brincadeira, mas não é. A Tudo Rádios promete ainda entregar em 72 horas sites com registro de domínio por 300 reais e streaming de rádio ao vivo para mil usuários por 200 reais ao ano. Finalizando depois de outras ofertas semelhantes, oferece divulgação de músicas para 50 mil emissoras por 500 reais. “Realmente não temos ainda como controlar. Não existe mecanismos de fiscalização. O que fazemos, nesses casos, e quando conseguimos identificar o autor, é alertá-lo sobre essa prática predatória, imoral e muitas vezes ilegal, além de avisar nossos associados”, diz Kito. A área de som não é protegida pela exigência de registro profissional, como ocorre, por exemplo, com relação a diretores de cena. Músicos, compositores e maestros, além do Clube da Voz, entidade que congrega locutores, assistem impotentes a cobrança de cachês irrisórios por “profissionais” sem compromisso com a classe. Resta apelar ao profissionalismo de agências e anunciantes na escolha de seus fornecedores de som e continuar lutando pela regulamentação da atividade. “Nem tabela oficial temos, não podemos ter. Apenas uma tabela com valores de referência sugeridos, sem poder de cobrar seu cumprimento”, explica o presidente de Aprosom.