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PESQUISA INDICA CAMINHOS DA PROPAGANDA

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Cresce a remuneração por “fee” e compra de mídia perde espaço

Pagliarini e Binder: conclusões e sugestões

Um amplo levantamento que envolveu 747 agências de 14 estados, além da série de workshops “Design Thinking Propaganda” com mais de 100 empresas do setor, permitiu à Fenapro construir um Panorama do Futuro do negócio. Conclusão da pesquisa da Federação Nacional das Agências de Propaganda e sindicatos regionais, mostra que num cenário de retração econômica e revolução digital, o anunciante não se contenta mais com a produção de peças e negociação de mídia. Os clientes querem soluções completas de comunicação, enquanto as agências precisam rever o formato de remuneração e assumir sua relevância no processo. No atual momento econômico do País, 31% das agências acreditam ampliar sua receita em 2015,s 34% estimam manter o faturamento e 36% admitem que haverá redução de ganhos. “As  iniciativas nos permitiram obter uma radiografia do setor  e apontar os caminhos futuros que visam assegurar a sustentabilidade dos seus negócios”, diz Glaucio Binder, presidente da Fenapro. A pesquisa, realizada pela Toledo & Associados ouviu 63% de agências da região Sudeste, 15% da região Sul, 9% do Centro-Oeste, 11% do Nordeste e 2% da região Norte. Segundo a pesquisa, a remuneração das agências já vem crescendo na direção dos contratos por fee regular  e success fee. Hoje, a receita obtida com taxa de veiculação representa 33% do total, enquanto serviços internos já são 20% da receita e contratos por fee e success fee são 17%. No Estado de São Paulo, os contratos por fee e success fee já são a principal fonte de receita. “A dependência da comissão de mídia e produção teve, como efeito colateral, uma desvalorização da criação e do planejamento”, revela Alexis Pagliarini, superintendente da Fenapro e idealizador do Design Thinking Propaganda. O Marketing Promocional e Eventos já representam 33% e 27% dos serviços oferecidos. Em contrapartida, a área de consultoria estratégica, na qual as agências querem crescer, ainda representa 1% dos serviços.