Polêmica

SÓCIO DE AGÊNCIA CONDENA PARÓDIA

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Real condenou a iniciativa

Em nota oficial da Script enviada ao site de notícias “Janela Publicitária”, do jornalista Marcio Ehrlich, o sócio Ricardo Real classificou o vídeo “Dumb Ways to Die in Rio” como uma iniciativa oportunista e estéril enquanto forma de protesto. Ele se refere à paródia do premiadíssimo case da McCann da Austrália para o Metrô de Melbourne, ganhador de cinco Grand Prix no Cannes Lions 2013, realizada por criativos de sua agência. A peça foi criada por Marcos Siqueira, Daniel Thomer, Renan Riveiro e Thiago Morales, profissionais da carioca Scritp, porém de forma independente e realizada pela produtora Silence. A crítica se torna mais veemente pelo fato de além de sócio, Real ser também o diretor de Criação da agência. Postado no Youtube na segunda-feira (1º), o vídeo já atingiu quase 260 mil views. Durante a terça-feira (2), a polêmica peça foi alvo de elogios mas também de inúmeras críticas por retratar o Rio de Janeiro de forma depreciativa com relação não só à segurança como também aos serviços públicos. Quem a condena lembra que além de foco turístico tradicional, a cidade ainda conta com aumento de receita na área em razão da Copa do Mundo de 2014 no Brasil e principalmente a Olimpíada de 2016, quando será a única sede. Enquanto a peça australiana original, com 52 milhões de views no Youtube, recomenda cuidado em torno do Metrô, a paródia brasileira diz que é preciso ter cuidado no Rio de Janeiro. Real fundou a Script em 1994 com Rodrigo Amado e Carlos Nolasco como a proposta de realizar um trabalho criativo de vanguarda. Sua nota: “Ontem fomos surpreendidos com a notícia de que quatro dos nossos funcionários, agindo de forma independente, foram os co-autores da paródia Dumb Ways to Die in Rio. Respeitamos o direito à liberdade de opinião e expressão dos nossos colaboradores no âmbito de suas vidas privadas, mas como acabamos envolvidos indiretamente no episódio gostaríamos de esclarecer que não tivemos conhecimento prévio da ação e tampouco concordamos com seu teor, consideramos tratar-se de uma iniciativa oportunista e estéril enquanto forma de protesto”.