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LAMPIÃO INAUGUROU O FRANCHISING NO BRASIL

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Lampião: marca se espalhou pelo Nordeste

Cansado dos intensos combates com as forças policiais e além dos 30 anos, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, iniciou um processo que, sem se dar conta disso, já tinha um nome internacional: o franchising.

Subgrupos de seu bando, comandado por homens de confiança, levavam a marca do capitão do Cangaço sob chantagem até ricos fazendeiros do nordeste, pedindo doação em troca de não agressão.

Assim, no começo dos anos 30, com o Estado Novo de Getúlio Vargas disposto a combater os bandoleiros do sertão, Lampião mudou sua tática e trocou as invasões e saques por simples menção a seu nome para arrecadar dinheiro.

Embora antigo no mundo, o sistema de franquia empresarial só chegou ao Brasil na década de 50, instituído por escolas de inglês como Yázigi e CCAA. Nos anos 60 e 70 iniciou consolidou o processo com marcas internacionais, como Burger King, Kentucky Fried Chicken e McDonald’s.

Algumas teorias de pesquisadores indicam que o franchising no mundo começou mesmo com a igreja católica, através de de uma rede mundial controlada pelo aticano9.

Outras, por sua vez, divergem sobre o início da prática, citanda datas como
1731, 1870 ou 1850.

Em 1731, o inventor norte-americano Benjamin Franklin assinou contrato em parceria com Thomas Whitmarsh para abrir um negócio de impressão em Charlestown, Carolina do Sul. O acordo exigia que, durante seis anos, estivesse sob os cuidados, gerenciamento e direção de ambos.

Já em 1840, a cervejaria alemã Spaten-Franziskaner-Bräu concedeu direitos de venda a várias tabernas locais. Em troca, tinham que pagar pelo direito de usar a marca.

Porém, mesmo com a experiência de Franklin e da cervejaria Spaten, a origem mais defendida da história do franchising no mundo moderno teve início nos Estados Unidos, em 1850.

Subgrupo de Corisco: em nome e marca do capitão Virgulino

A partir de uma ideia da fabricante de máquinas de costura Singer Sewing Machine Company, com objetivo de aumentar suas vendas, a empresa passou a outorgar licenças de uso da marca e métodos para comerciantes interessados em revender seus produtos em outras regiões do país.

Depois, em 1898, a General Motors seguiu a mesma ideia e iniciou a expansão de seus pontos de venda, criando o conceito de “concessionária de veículos”.

No mesmo período, a Coca-Cola também criou a sua primeira franquia de fabricação e disponibilizou licenças para que empresários pudessem produzir e comercializar seus refrigerantes em outros locais.

Como pode se observar, 20 anos antes das primeiras redes chegarem ao Brasil com seus métodos de conceder licença a franqueadores, Lampião, sem se dar conta disso, já lançava um sistema parecido, tornando-se a primeira marca de franchising do Brasil, segundo o jornalista e escritor Wagner Barreira, em seu livro “Lampião & Maria Bonita, Uma História de Amor e Balas”.

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