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A VOZ POR TRÁS DOS CANDIDATOS

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A propaganda partidária, no ar na TV desde fevereiro, prepara a verdadeira guerra do marketing político que começa em 16 de agosto para os candidatos às próximas eleições de outubro.

Pelas mensagens exibidas, todos sabem como fazer, já fizeram e se declaram prontos reconduzir o país ao crescimento e bem estar da população. Mas como acreditar em eternas promessas e convencer eleitores a depositar sua confiança em quem precisa traduzir com sua imagem e discurso a estratégia elaborada por especialistas?

Esse caminho está descrito no livro “Marketing Político no Brasil”, lançado pela Geração Editorial e organizado pelo Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político (CAMP), fundado em 2018 e presidido por Bruno Hoffmann, CEO da Esplanada Comunicação Estratégica, de Brasília.

A obra reúne experiências e cases contados por 50 profissionais da área, que atuam em campanhas políticas desde os anos 80 e que vivenciaram todas as fases da atividade, das pesquisas aos jingles marcantes, da imagem na TV e mais recentemente da revolucionária comunicação digital.

Entre eles, Paulo de Tarso da Cunha Santos, publicitário, com passagens por agências como Delta, Salles, Denison, Almap, McCann e MPM, além da Matisse, onde se especializou em marketing político.

Paulo de Tarso atua no marketing político desde 1982, na campanha vitoriosa de Franco Montoro ao governo de São Paulo, e coordenou campanhas de candidatos a presidência da república como Marina Silva, Lula da Silva, para quem criou o slogan “Lula Lá” e de governadores como Jaime Lerner e Beto Richa no Paraná, Marconi Perilo em Goiás. Também trabalhou para prefeitos eleitos como Fernando Henrique Carodoso e Luiza Erundina em São Paulo.

Outros especialista que integram o livro são o consultor de marketing político Emmanuel Publio Dias, professor da ESPM e coordenador do programa Young Lions Brazil, Ricardo Amado, que em 30 anos no setor comandou campanhas políticas aqui no país, na Argentina, Portugal, República Dominicana e Angola, e Lula Guimarães, com 20 anos na atividade, coordenador de campanhas para presidente de Geraldo Alckmin, Eduardo Campos e Marina Silv.a, além de João Doria na conquista da prefeitura paulistana.

“Nas eleições municipais de 2020, o TSE recebeu mais de 555 mil pedidos de candidaturas, ou seja, se ser candidato fosse listado como atividade profissional, estaria entre as principais ocupações do país. Mesmo assim, nossa atividade ainda está longe de ter reconhecimento de uma profissão que impacta e move os brasileiros. Temos um sonho que um dia nossa atividade seja compreendida pelos eleitores e pela mídia. Que entendam o nosso papel fundamental na manutenção, aprimoramento e fortalecimento da Democracia brasileira”, diz Bruno Hoffmann, presidente do CAMP e coordenador do projeto do livro.