Opinião

MARCAS ENTRE EGOS E BRIGAS

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De um lado, a maior emissora do país com direito exclusivo da Copa na TV aberta, patrocinada por marcas como Banco Itaú, Brahma, BRF, Coca-Cola, Johnson & Johnson e Vivo. De outro, o craque da seleção brasileira e seus 16 contratos de publicidade com multinacionais como Mc Donalds, Nike, Gillette e Red Bull, além de várias marcas nacionais.

Desde os Jogos Olímpicos Rio 2016, porém, Globo e Neymar Jr vivem se estranhando. A cada crítica da equipe de esportes da TV o jogador e sua trupe ameaçam com greve de entrevistas. Se nas Olimpíadas o craque respondeu na decisão convertendo o pênalti que deu o título ao Brasil, agora na Copa, ainda na primeira fase, seus “parças” assumiram a bronca contra Galvão Bueno.

Há dois anos o locutor oficial da emissora cobrava empenho do principal jogador do time. Na sexta passada, em jogo contra a Costa Rica, acusou Neymar de responsável pela reversão pelo VAR de pênalti marcado pelo juiz para o Brasil por “gesto teatral exagerado”.

Foi a senha para que amigos do camisa 10 invadissem as redes sociais com ofensas contra Galvão, respingando também no comentarista Walter Casagrande. Os xingamentos, que de certo modo tiveram apoio do ex-jogador Juninho Pernambucano, ex-Globo, não agradaram Neymar pai, o administrador da fortuna que Neymar Jr acumula.

“Seo” Neymar e um representante da Globo em Sochi, na Rússia, tentam contornar a situação, de olho numa possível irritação de marcas gigantes ao se verem envolvidas indiretamente numa polêmica desse tamanho.

A história dessa pendenga, entretanto, indica uma breve reconciliação, se o futebol da seleção evoluir e Neymar voltar a comemorar vitórias e gols. Afinal, a namorada do craque, Bruna Marquezine, é estrela da emissora e acaba também envolvida num rompimento entre jogador e a Globo.

Agradecem igualmente várias marcas ligadas à TV, ao jogador e à Copa.