Polêmica

PROPAGANDA COMPARATIVA OU PROVOCAÇÃO?

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GOL DIZ QUE CAMPANHA É OBJETIVA. LATAM DEVE RECLAMAR AO CONAR

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Anúncio da Almap BBDO para GOL Linhas Aéreas publicado no último final de semana, traz de volta a discussão sobre propaganda comparativa no Brasil. Inegavelmente inteligente, a peça, porém, faz referência a concorrente direto da empresa através das cores que compõem seu logotipo. Baseado em critérios da ANAC, o anúncio afirma que a GOL possui a maior oferta de assentos na categoria A do mercado. E sob a hashtag #GOLMAISCONFORTO, garante que oferece o melhor espaço entre assentos das companhias aéreas brasileiras. A ilustração, entretanto, utilizando números e letras entrelaçados e uma divisão clara de cores, contrapõe a combinação laranja, branco e cinza da GOL, com o vermelho e azul da LATAM. Segundo o código 32 do CONAR, a publicidade comparativa será aceita respeitando-se princípios e limites. Entre outras afirmações, diz que o objetivo maior da peça deve ser o esclarecimento ou a defesa do consumidor. Também adverte que a propaganda não deve ter fundo psicológico e suas afirmações devem ser passíveis de comprovação. Que não deve denegrir a imagem de outra empresa nem estabelecer confusão entre marcas concorrentes. Até o momento, o Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária não recebeu qualquer reclamação da LATAM ou de sua agência de propaganda, a Graphene, do grupo Interpublic. Conforme comunicado da Almap BBDO, “a GOL tem o melhor espaço entre poltronas das companhias aéreas brasileiras. O objetivo da campanha é mostrar isso para o consumidor, de forma bem objetiva e direta”. Já a Graphene, enviou ao Blog o seguinte documento: “A Graphene estuda junto à LATAM Airlines Brasil as medidas cabíveis com relação a campanha do produto GOL + Conforto. As empresas consideram a comunicação contrária às normas do Código Brasileiro de Auto Regulamentação Publicitária por não utilizar critérios objetivos de comparação. Reiteramos o nosso compromisso em manter uma comunicação transparente, em respeito aos consumidores”.