Entrevista

DESDE 2011 ROMPENDO BARREIRAS

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Reiss: sintonia com o mercado

Ao criar sua divisão Marketing Tech, mais uma vez a F.biz se antecipa às tendências do mercado. A empresa, que começou como produtora e depois passou a atuar como agência digital, em 2011 rompeu pela primeira vez a barreira desenvolvendo também publicidade offline. Após aquisição de 70% de suas ações pelo grupo WPP, percebeu que a holding se movimentava na direção de empresas de tecnologia e também entrou nessa área para atender integralmente seus clientes. Pedro Reiss, sócio e co-CEO da F.biz, detalha esse crescimento:

O lançamento da divisão Marketing Tech tem relação a evolução do mercado?

A F.biz começou como uma produtora. Mas, desde o início trabalhamos pouco para outras agências. Sempre tivemos como foco os clientes diretos. Com o tempo, evoluímos e ficamos mais estratégicos e criativos, tanto no digital quanto fora dele. O lançamento da divisão de Marketing Tech tem a ver com os movimentos do mercado. Cada vez mais cabe ao marketing das empresas cuidar de assuntos relacionados às suas tecnologias. Porém, selecionar, instalar e operar soluções, como gerenciamento de dados (DMPS/Analytics), automação de campanhas (marketing clouds) e gestão de conteúdo (CMS), são atividades específicas. Estamos fazendo isso há muitos anos para clientes, como Netshoes, Unilever, Multiplus e Kroton.

Há algum tempo a F.biz também produz publicidade tradicional. Quanto isso contribuiu para o crescimento da empresa?

Bastante. Até 2011, não fazíamos nada fora do digital. E só depois de romper essa barreira conseguimos ser uma agência completa. Hoje, temos clientes para os quais somos a única agência e outros para os quais somos uma de suas agências. A chegada do Guilherme Jahara, há dois anos, foi fundamental para solidificar esse movimento. Neste ano inclusive ganhamos Leões em Cannes com trabalhos em categorias tradicionais como Outdoor e Press e um Effie com um case integrado.

Essa nova postura tem ligação com a compra da F.biz pelo grupo WPP?

Não. A WPP comprou 70% da agência, mas nos dá muita liberdade de atuação. Trocamos experiências com eles, o que ajuda bastante. A decisão de lançar a Marketing Tech foi inspirada nisso. Há anos, o grupo vem adquirindo empresas de tecnologia e de dados, alertando-nos para os novos modelos de negócios.

Qual será o crescimento da agência este ano e qual a meta de posição no ranking ao final de 2015?

Embora não esteja fácil, esperamos crescer entre 20% e 30%. Não tenho ideia de como isso vai se refletir no ranking das agências, que é baseado só em veiculação e não considera a maior parte da mídia digital que utilizamos. E mídia é um componente relativamente pequeno na composição da nossa receita.