Produtoras

G25 DECRETA O FIM DO BV DE PRODUÇÃO

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Civita: coordenador

O movimento independente e paralelo à Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais (Apro), que reúne 25 das maiores produtoras de filmes publicitários do país, tem certeza de que o assunto está solucionado. Coordenado por Cesco Civita, produtor e sócio da Pródigo Films, o denominado Grupo das 25 conseguiu não só a compreensão mas também o apoio da Abap, a Associação Brasileira de Agências de Publicidade. Os representantes dessas produtoras se reúnem regularmente, conversam com agências e entendem que dentro de 30 dias no máximo a proibição de cobrança de BV de produção por parte das agências estará definitivamente vigorando no mercado nacional. A iniciativa começou logo após a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, divulgar o envolvimento de produtoras com pagamento de propina por trabalhos para empresas estatais, intermediado por agências. Como se sabe, o BV de produção não é regulamentado como o BV de Mídia, que é praticado segundo regras aceitas por todo o mercado. Acabou se institucionalizando no meio através do repasse de 10% de comissão às agências, que com isso compensavam a recusa recorrente dos anunciantes em pagar a taxa de 15% de produção conforme normas do CENP. O problema é que essa taxa é variável e em alguns casos chega a 30%, o que inviabiliza o trabalho das produtoras. Mais do que isso, pagamento de comissão não prevista para governo e suas empresas na verdade configura-se como crime. Assim, inicialmente por solidariedade àquelas produtoras envolvidas nas investigações da Lava Jato, que saldavam notas fiscais enviadas por agências e sem saber a quem pertenciam na realidade, o movimento começou. Para alguns participantes, além de regularizar o trabalho, o fim do BV de produção é uma questão de sobrevivência das produtoras. E não está fechado. O G25 está aberto a quem quiser aderir e se identificar no mercado como integrante do grupo que consegue eliminar uma prática destrutiva no negócio publicitário.