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A VOLTA DOS “IMPERADORES”

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Quando vendeu para o grupo Hypermarcas por US$ 750 milhões seu império DM Farmacêutica (sigla representada pelas iniciais de Dorsay e Monange), Nelson Morizono assinou um “impedimento” de cinco anos para voltar ao setor. Ele retorna agora com o vitamínico FontoVit, à base do Goji Berry, fruta vermelha do Tibete que se tornou figurinha carimbada das dietas alimentares. A fórmula de sucesso de suas campanhas publicitárias, porém, continua a mesma, juntando o criador e diretor Dudu Carvalho com personalidades.  A parceria do diretor com o empresário, nascido Yoshimi, mas que adotou o nome “brasileiro” Nelson, começou no final da década de 70. Dudu Carvalho tem em seu portfólio na Movie & Art de Paulo Dantas, comerciais para marcas da DM como Gelol, Vitasay, Biotônico Fontoura, Doril, Benegrip, Monange, Cenoura & Bronze e Adocyl, entre muitas outras. Em 2007, quando foi comprada por João Alves Queiroz Filho, dono da Hypermarcas, a DM Farmacêutica era o 24º maior anunciante do Brasil. O “pedágio” que Morizono pagou no setor farmacêutico, entretanto, não o impediu de realizar outros empreendimentos, como comprar a rádio Capital e, mais recentemente, adquirir a marca de cerveja “Proibida”, da cearense CBBP (Companhia Brasileira de Bebidas Premium). Lançada com uma estratégia de marketing ousada, que incluiu trollar o programa “Pânico na TV” com as “Tchecas” que vieram passar o Carnaval de 2011 no Brasil, a marca deu passos muito maiores do que suas pernas. Em março de 2013 Morizono assumiu a cervejaria que não conseguia entregar o produto e muito menos chegar aos mercados mais importantes do país, como havia prometido. Ele investiu e veiculou em maio daquele ano o comercial “Ela vem chegando”, do mesmo Dudu Carvalho com a música de Jorge Ben Jor. A distribuição regular no sudeste brasileiro foi consolidada em 12 meses, entre novembro de 2013 e dezembro de 2014, e anunciada através de filmes no estilo “Dudu”, com o cantor Leonardo e a apresentadora Ana Maria Braga. Nesta semana, ao mesmo tempo em que chega às prateleiras do Rio de Janeiro, a Proibida voltou à TV em horário nobre com o ator Alexandre Nero. O “Imperador”, que morreu na novela, voltou à vida para degustar a cerveja fabricada pelo imperador dos negócios. Mais um ponto para o diretor Dudu Carvalho, que aproveitou o ator ainda com o visual que o consagrou na TV e fazendo referência ao folhetim, ao dizer no filme que finalmente tinha chegado a hora de relaxar e se encontrar com “ela”.