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ÉTICA NA PROPAGANDA, REVISADA E APROVADA

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Vergeiro: modelo ético do mercado

A Associação dos Profissionais de Propaganda lançou a primeira revisão do Código de Ética dos Profissionais da área desde quando ele foi aprovado pelo congresso da categoria, em 1957. O documento “Normas de orientação ética do profissional de propaganda”, complementa o Código de Ética. O documento também tem como função atender às exigências atuais do setor, como conseqüência da revolução nos meios e formas de comunicação social. Além de versão eletrônica no site da entidade, milhares de exemplares impressos serão distribuídos pela APP. O objetivo é ampliar o significado da ética profissional aos que estão ingressando no mercado publicitário e contribuir com o aprimoramento dos que já estão em exercício, atuando em agências, veículos de comunicação e empresas que representam os anunciantes. Enio Vergeiro, presidente da APP falou ao Blog.

Falar de ética em propaganda realmente é importante. Depois dos anos de ouro das grandes agências que se uniam em defesa do mercado, chegaram os anos de concorrência  a todo custo. O Novo Código surge também para disciplinar essa disputa por clientes?

– Acredito que sim, pois antes de qualquer coisa somos profissionais de propaganda e se agirmos de modo ético, boa parte do trabalho funcionará bem e alcançará resultados, tanto para agência quanto para o cliente. E também pelo fato de que o Código de Ética original é de 1957 e baseado nele que a profissão foi regulamentada, dando origem a Lei 4.680, a qual estabeleceu o modo de remuneração. Porém, sabemos que a punição por não ser ética nem sempre é explicita.

Em quase 60 anos o mercado mudou radicalmente. Esse novo Código foi pensado considerando inclusive a participação digital da propaganda e sua difusão pela Internet?

– Sim, essa questão foi pensada porque é o segmento onde menos se tem normas de conduta. E para os profissionais que ingressam na carreira é fundamental que conheçam o modelo ético que permeia o mercado de Comunicação. No “mundo digital” as referências são muito recentes e seria difícil buscar num código datado de 1957 o modelo ideal. Com a revisão a referência se torna mais segura, pois se detecta o que está de acordo com o momento atual do mercado.

Se o objetivo é implantar a ética na cabeça dos novos publicitários, como será sua divulgação nas escolas que formam os profissionais?

– A divulgação será intensa através de palestras e principalmente através do PDF das normas éticas na integra, que disponibilizamos no portal da APP para inclusão nos sites e portais de universidades e faculdades. Além disso, já recebemos muitas solicitações do material, que pode ser divulgado sem restrição.