Polêmica

DEPOIS DO BATE-BOCA, NOTA OFICIAL

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Embora tenha rebatido imediatamente comunicado da ABA reivindicando para seus associados o controle do pagamento de obras audiovisuais, a Apro não deixou de preparar sua nota oficial, agora divulgada. A entidade lembra que o II Fórum da Produção Publicitária, realizado há dez anos inclusive com a participação da Associação Brasileira de Anunciantes, determinava que o direito patrimonial e a titularidade dessas obras, são das produtoras. Também destaca que nesses 11 anos os anunciantes vêm pagando 10% sobre o valor do orçamento quando da renovação de peças publicitárias, além de cachê dos profissionais envolvidos, como diretores , atores, locutores, animadores , músicos e maestros. “Entendemos ainda que um filme só é renovado após 12 meses de uso quando ele fez sucesso”, afirma nota da Apro. Continuando, diz que na contramão dos demais países do mundo, onde o sucesso é recompensado, a ABA e seus associados, querem penalizar as produtoras por entregarem um bom trabalho, que será novamente utilizado, tirando da produtora os 10% que ela mesma concordou em pagar há 11 anos. “Os anunciantes, por terem o poder de compra, querem nos coagir a aceitar o inaceitável, mesmo que isso signifique causar danos irreparáveis ao mercado do audiovisual publicitário”, denuncia. “A ABA é no mínimo imprevidente ao se expressar sem ter absoluta certeza do que está informando, quando seu vice-presidente executivo (Rafael Sampaio) afirma, em entrevista ao mercado, que “o sistema brasileiro criou uma distorção pela qual as produtoras baixam o preço de produção e depois querem cobrar por um serviço extra”, ao se referir às fitas de cópias de comerciais, sob as quais as produtoras tem direito de cobrança”, descreve outro trecho. E completa: “Desde o advento do Satélite, há 30 anos, as produtoras perderam suas cópias, que são de seu legítimo direito. Há 30 anos as produtoras vêm cobrando apenas 1 cópia por emissora aberta e a emissora é quem cobra a reprodução, via satélite. Mais recentemente, com o aumento significativo da publicidade em canais por assinatura, certamente o número de cópias pedidas às produtoras também aumentou e fizemos um escalonamento médio para baixo, por filme, e simplificamos essa cobrança, centralizada aqui na associação”.