Polêmica

BORGHI ERH LOWE EXPLICA “MACHADO DE ASSIS”

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O Machado de Assis do filme e retratado na vida real

O “Politicamente Correto” fez mais uma vítima na propaganda brasileira. Reclamação pública da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial iniciou um movimento de “condenação” ao novo comercial da campanha dos 150 anos da Caixa Econômica Federal. Segundo a entidade, o “imortal” Machado de Assis, mulato de família pobre do Rio de Janeiro, virou branco no filme que celebra os clientes importantes da instituição. José Henrique Borghi, sócio e diretor de criação da Borghi Erh Lowe, agência responsável pelos 12 comerciais mensais que celebram o século e meio da Caixa, explica a confusão. “Claro que fizemos pesquisa, óbvio que sabemos que Machado de Assis era fruto de miscigenação. Tanto que ao ser escolhido pela semelhança de fisionomia, o ator passou por um processo de maquiagem a fim de que sua pele fosse escurecida. Devido a uma série de fatores, iluminação principalmente, o resultado na exibição do filme não é o imaginado”, diz. Borghi lembra que a acusação de racismo é absurda, especialmente porque a Caixa é uma instituição que tem em seu calendário, entre outras datas, a comemoração do Dia do Negro. “Em nossas campanhas para a Caixa também existe a preocupação de retratar todo o povo brasileiro. Em cada filme procuramos adequar a participação de brancos, negros, mulatos, orientais e índios, já que a história da instituição está ligada ao desenvolvimento do País”, afirma. “Por essa razão estamos muito tranqüilos com relação a esse assunto. Nosso objetivo com a campanha é retratar fielmente cada época. O nosso Machado de Assis pode ter ficado um pouco mais claro do que o desejado mas também não é nenhum nórdico, louro de olhos azuis”, conclui reclamando do exagero das manifestações.