Polêmica

PPG E EX-REVOLUTION NA JUSTIÇA

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Sócios minoritários lançam nova agência e levam conta de Ricardo Eletro para a Artplan. PPG vai entrar com processo por quebra contratual e Allan Barros promete o mesmo contra o grupo

Carlos Pereira e Allan Barros: nova agência

A mudança da conta da rede de Varejo Ricardo Eletro da Revolution para a Artplan vai virar discussão judicial. O grupo PPG, controlador da agência baiana que instalou sede em São Paulo para atender a holding Máquina de Vendas e suas cinco bandeiras, entrará com processo contra os sócios minoritários Allan Barros e Carlos Pereira por quebra contratual.

Os dois executivos estão abrindo uma nova agência e através dela celebrando acordo operacional com a Artplan para atender as contas da holding de Ricardo Pereira, hoje concentradas na marca Ricardo Eletro.

Máquina de Vendas é resultado da fusão entre as redes Ricardo Eletro, de Minas Gerais, e Insinuante, da Bahia, com atuação nacional. Desde 2015 na Revolution, decidiu operar apenas com a bandeira Ricardo Eletro, através da qual aumentou seu investimento publicitário inclusive adquirindo cota milionária de patrocínio do futebol da Globo.

“Não fomos notificados oficialmente pelo anunciante de que estariam saindo da agência. E estamos tomando as medidas jurídicas cabíveis”, afirma o vice-presidente jurídico e de operações do grupo PPG, criado a partir da Propeg, Marcos Fonseca.

Allan Barros, fundador da agência especializado em Varejo Fala!, foi sócio da Fischer e também seu vice-presidente comercial. Ele deixou a Fischer em 2012 para assumir a diretoria de Marketing de Ricardo Eletro, em razão de sua experiência também como executivo das redes Casas Bahia e Marabraz.

Inicialmente propenso a criar uma house agency para a nova holding Máquina de Vendas, acabou se associando ao grupo PPG e passou a comandar a Revolution, cuja sede paulista passou a atender as contas de todas as bandeiras, como City Lar, Eletro Shopping, Salfer e Insinuante, atualmente concentradas em Ricardo Eletro.

Fontes ligadas aos executivos Barros e Pereira informam que o contrato entre eles, Revolution e PPG, teria terminado em dezembro de 2016, o que é desmentido pelo grupo.

De qualquer maneira, prometem responder também judicialmente com um processo contra o PPG.

Em dois anos, a Revolution aumentou seu faturamento de R$ 45 milhões para cerca de R$ 200 mnilhões. Juntas, as marcas da holding Máquina de Vendas investiram cerca de 270 milhões em compra de mídia no ano passado.