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HISTÓRIAS QUE SE MISTURAM

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Há 50 anos Alfredo Luiz dos Santos iniciou sua trajetória no Banco Itaú após trabalhar na área de concorrência pública da Light e no departamento de propaganda da Volkswagen.

E o banco deve a ele um terço de sua história de 100 anos, que começou em 1924, quando João Moreira Salles conquistou a patente para a Casa Moreira Salles no estado de Minas Gerais. Em 1943 Alfredo Egydio de Souza Aranha fundou em São Paulo o Banco Central de Crédito. Em 2008, essas duas instituições se uniram e deram origem ao atual Itaú Unibanco, o maior banco e a marca mais valiosa do Brasil e da América Latina.

Alfredo Luiz tem muito a ver com o valor dessa marca. Nas três décadas em que atuou como gerente de propaganda, em parceria com agências, construiu uma imagem sólida da instituição. “Você tem mais jeito de publicitário do que de bancário”, profetizou no início o diretor de propaganda do Itaú, Alfredo da Rosa Borges.

Os anos, trabalhos e prêmios que vieram a seguir estão descritos no livro “A trajetória de um vencedor”, que Alfredinho do Itaú faz questão de deixar como legado para sua família, seus amigos e companheiros de jornada.

Não há, na publicidade, quem não reconheça, seu caráter, sua gentileza, seu profissionais e seu sucesso, de sócios das agências DPZ e DM9 com quem trabalhou, aos criativos que o ajudaram a consolidar a marca Itaú, até os mais simples funcionários.

A história de Alfredo que se mistura com a história do banco é brilhantemente contada pelo jornalista Antoninho Rossini, ele próprio testemunha dessa trajetória como editor e colunista dos meios de comunicação especializados e jurado de prêmios de publicidade.

Alfredo Luiz dos Santos e Antoninho Rossini

Rossini, que se dedica nos últimos anos a editar livros sobre o mercado pela sua Tag&Line, lançou obras como “Não conte para minha mãe que sou publicitário. Ela pensa que sou pianista num bordel”, sobre Jacques Seguéla, publicitário francês que atuou na campanha de marketing da eleição do presidente François Miterrand.

O jornalista também publicou “Antes que me esqueça”, de José Francisco Queiroz, “Desafios e Conquistas das Agências de Propaganda”, livro comemorativo dos 70 anos de fundação Sindicato das Agências de Propaganda, e “Norton, 60 anos de Publicidade no Brasil”, entre outras obras.

Rossini e Alfredo contam um pedaço importante e glorioso da propaganda brasileira.