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MARCAS FIZERAM A FESTA DE PARINTINS

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Nada menos do que 10 marcas e 5 órgãos públicos patrocinaram a 56ª edição do Festival de Parintins, além da prefeitura da cidade, veículos de comunicação e a Lupo, que bancaram cota de apoio. A receita do evento cresceu 30% com relação à anterior.

Entre as marcas com presença na festa, importantes anunciantes como Vivo, Coca-Cola, Brahma, Assaí, Bradesco, Pixbet e Tec Toy (assista o vídeo abaixo).

O evento deste ano teve a 25ª vitória do Boi Caprichoso sobre o Garantido, uma disputa folclórica que reuniu 20 mil pessoas por noite vestidas com o azul e vermelho das tradicionais torcidas, e 120 mil pessoas visitaram a ilha durante o período.

O Touro Negro, com o tema “O Brado do Povo Guerreiro”, levou emoção ao público, marcando sua história com ousadia e arte e ampliando a voz dos amazonenses.

O festival, criado em 1965, é reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

“O Festival de Parintins é a forma que o povo da Amazônia encontrou para mostrar ao Brasil e ao mundo que a Amazônia tem uma riqueza artística e cultura única que assim como a floresta e sua biodiversidade, precisa ser protegida e preservada”, disse André Guimarães, diretor executivo da Maná Produções, há 20 anos responsável pela área comercial e gestão executiva do projeto.

Angela Mendes, ativista socioambiental, filha mais velha de Chico Mendes e presidente do Comitê Chico Mendes, emocionou o público com seu discurso.
“O sentimento de que nossa voz vai ecoar longe é importante, nossa luta por vezes parece não encontrar eco e isso, em alguns momentos, nos deixa desanimadas e cansadas. Mas não dá para parar! E saber que temos espaços tão potentes para reverberar tudo isso que nos atravessa enquanto ativistas e defensoras socioambientais, me dá um novo gás. A luta de meu pai, Chico Mendes, por uma floresta viva e com gente dentro, resultou na criação das Reservas Extrativistas, territórios de uso coletivo das populações da floresta que coletam a castanha, o açaí, o cacau e colhem o látex da seringueira, o óleo da andiroba e da copaíba. Uma gente que, com sua cultura e conhecimentos tradicionais, cuida dos nove Estados que compõem a Amazônia Brasileira”, afirmou.

“A importância da visibilidade que o Boi Caprichoso deu à luta dos povos da floresta é um alerta ao mundo sobre os perigos que ameaçam a integridade dos povos e dos territórios”, completou.

Alessandra Koral Munduruku, liderança indígena e ativista social, ganhadora do prêmio de Direitos Humanos Robert F. Kennedy em 2020, participou do Festival de Parintins com a expectativa de reforçar o coro pela proteção da Floresta Amazônica.

“A luta pelo rio é dos povos indígenas. A luta contra o garimpo e as invasões de nossa terra também é dos povos indígenas. A luta por vida digna para o nosso povo, do mesmo jeito, é nossa. A gente protege a Amazônia porque ela é nossa vida, a floresta, os bichos, as águas”, declarou.