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SETOR ALERTA SOBRE COMERCIO ILEGAL DE BEBIDAS

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Realizado nesta quinta-feira (12) de forma online, com mais de 67 mil e 700 participantes, o 33° Congresso Nacional Abrasel, maior encontro entre empresários de bares e restaurantes do Brasil, foi a base para o lançamento do Relatório Geral de Apreensões da Associação Brasileira de Bebidas e da campanha multientidades “Diga Não Ao Comércio Ilegal de Bebidas Alcoólicas”.

Os dados do estudo foram apresentados durante o painel “Bebidas Alcoólicas Ilegais, um desafio multissetorial”, mediado pela presidente-executiva da ABRABE, Cristiane Foja.  

Criada pela Giusti Comunicação, a campanha desenvolvida para o ambiente digital inclui filme veiculado nas redes sociais oficiais das entidades apoiadoras, assim como na plataforma Sem Excesso (@sem_excesso), ferramenta de diálogo sobre consumo responsável de bebidas alcoólicas.

O estudo divulgado pela ABRABE revela que nos últimos dois anos o número de apreensão de bebidas ilegais cresceu 28%. Ao colocar uma lupa apenas em contrabando, esse número sobe para 58%.

Realizado desde 2019, o Relatório Geral de Apreensões de Bebidas Alcoólicas, consolida todas as apreensões levadas ao conhecimento da entidade. O projeto tem a parceria da Polícia Civil, Polícia Federal e Receita Federal e consiste em compilar todas as apreensões de bebidas indicadas por esses entes governamentais.

“Esse é um trabalho muito importante para o nosso setor, pois reúne todos os estados da federação e todas as categorias de bebidas alcoólicas, sendo uma boa amostragem para entendermos o que está acontecendo com o mercado ilegal no Brasil”, explica Cristiane.

O levantamento aponta que em 2021, entre janeiro e julho, já foram apreendidas mais garrafas do que em todo o ano de 2020, e esse número já atinge 60% do apreendido em 2019. Já são 203.226 garrafas de 750ml contrabandeadas e falsificadas apreendidas, sendo 174.022 contrabandeadas e 29.204 falsificadas. Isso significa uma estimativa de R$ 8,3 milhões em impostos que deixaram de ser arrecadados pelo governo brasileiro.

Em 2020, marcado pelo início da pandemia, foram apreendidas 97.775 garrafas de 750ml contrabandeadas e falsificadas, sendo 68.671 contrabandeadas e 29.104 falsificadas – algo em torno de R$ 3,3 milhões em impostos não arrecadados. Em 2019, foram apreendidas 318.943 garrafas de 750ml contrabandeadas e falsificadas, sendo 221.231 contrabandeadas e 97.712 falsificadas. Uma perda de R$ 10 milhões em impostos não arrecadados. 

Em 2019, 69% das bebidas apreendidas eram contrabandeadas, enquanto 31% eram falsificadas. Já em 2020, o contrabando representou 70% e a falsificação 30%. Em 2021, no período de janeiro a julho, essa projeção por enquanto cresce. As bebidas contrabandeadas apreendidas representam 86% e as falsificadas 14%. “Embora um número menor, precisamos dar atenção especial para a falsificação. 30% de produtos falsificados presentes no mercado brasileiro, no consolidado 2020, é algo muito preocupante, por conta da incerteza, do risco oculto deste produto. Além disso, os produtos ilegais chegam a custar até 70% menos em relação aos produtos originais”, destaca Cristiane.

Entre 2018 e 2021, os estados que lideram a entrada de contrabando são, nessa ordem, Rio Grande do Sul (104 apreensões), Santa Catarina (67), Paraná (69) e São Paulo (26). Já entre os estados com maior incidência de falsificação estão São Paulo (74), Minas Gerais (12), Rio de Janeiro (09), Paraná (08) e Goiás (07).

A campanha  “Diga Não Ao Comércio Ilegal de Bebidas Alcoólicas envolve a reputação e credibilidade dos estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas. O objetivo é reforçar a importância do combate às práticas ilegais, por meio do engajamento de bares e restaurantes, empresários e empreendedores.

A iniciativa é um esforço multissetorial apoiada pela ABRABE – Associação Brasileira de Bebidas, Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), ABBD (Associação Brasileira de Bebidas Destiladas), BFBA (Associação Brasileira de Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas), IBRAC (Instituto Brasileiro da Cachaça) e UVIBRA (União Brasileira de Vitivinicultura). 

 “Além dos riscos aos consumidores, outro grande problema do mercado ilegal de bebidas é a ameaça à credibilidade, sofrida pelas empresas fabricantes, importadoras e pelos estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas. Com isso, é de suma importância a união do nosso setor no combate a essa prática, que é crime”, conclui Cristiane.

Criação de Daniela Dahrouge, Kawan Frias e Filipe Mattei , com direção criativa de Daniela Dahrouge. Atendimento de Marcela Branco, Mariana Novaes e Katlyn Santos. Marcella Martins. Estratégia Digital de Clara Camargo. Social Media de Vanessa Silva. Edição e pós-produção de Kawan Frias (Giusti Comunicação), e áudio da Limoeiro Records.

Aprovação de Cristiane Foja e Vanessa Ramos (ABRABE), José Eduardo Cidade (ABBD), Raquel Salgado (BFBA), Carlos Lima (IBRAC), Deunir Luis Argenta (UVIBRA) e Jaime Recena (ABRASEL).