JUSTUS GARANTE VOLTA DE “O APRENDIZ”

Empresário adquiriu formato até 2020, negocia com a Band mas também avalia outras emissoras

Dono dos direitos do reality show de negócios “O Aprendiz”, adquiridos da MGM para duas edições, Roberto Justus confirma a transferência do projeto para o próximo ano e negocia com emissoras, inclusive a própria Band, que anunciou hoje o adiamento de nova edição.

Previsto para este segundo semestre de 2018, a atração é considerada um produto premium para o horário nobre da emissora, que emitiu comunicado nesta quarta-feira (22), afirmando ser uma das principais apostas para sua grade.

Justus, porém, apesar de admitir negociações com a Band, explica que a produção é dele em parceria com a FremantleMedia e que a exibição será fechada com a melhor opção que tiver em termos de emissora.

O empresário deixou a publicidade e uma carreira vitoriosa no final de 2017 quando se despediu de funções executivas do grupo Newcomm. Paralelamente, porém, acumula quase 15 anos como apresentador de TV, atividade iniciada em 2004, justamente com a primeira edição brasileira de “O Aprendiz”, na TV Record.

Ele comandou o programa até 2009, em seis edições. Em seguida foi para o SBT onde apresentou os game shows “Um contra 100” e “Topa ou não Topa”. Na volta à Record, ganhou um Talk Show, o “Roberto Justus +” e também comandou “A Fazenda” e o “Power Couple Brasil”.

Seduzido porém pelo reality que o lançou no mundo artístico, adquiriu os direitos para o retorno de “O Aprendiz”, que considera oportuno num momento em que o país aponta para uma retomada da Economia.

Justus, entretanto, continua exercendo seu lado empresarial. Após deixar o grupo que criou em parceria com a holding WPP, atua no mercado financeiro através da Nest Asset Management, e a Treecorp, que investe em empresas, e no mercado de realidade virtual, como sócio de centros de entretenimento e imersão instalados em shopping centers, em parceria com a Árvore Immersive, de seu filho Ricardo.

Sobre a publicidade, diz que atualmente, com a multiplicidade de mídias e plataformas, o negócio vem sofrendo com anos ruins, como 2016 e 2017. “Atualmente as agências fazem mais para ganhar menos”, diz. O que o anima no projeto Aprendiz é que 2018 se mostrou diferente, com retomada de investimentos publicitários, especialmente em razão da Copa do Mundo de futebol da Rússia.

Questionado a respeito da força de sua imagem na conquista de patrocinadores para o projeto televisivo, Justus explica que hoje a situação é melhor, já que não é mais encarado pelas agências que apostam no reality como um concorrente, mas sim como agente de um bom negócio.

Enfim, ele decide até o final do ano se realmente “O Aprendiz” volta em 2019 através da tela da Band ou de outra emissora. Um ponto positivo para a TV da família Saad é a contratação de Vivianne Brafmann, para sua área comercial. Vencedora da primeira edição do reality, em 2004, ela atuou por 14 anos no grupo Newcomm, na Wunderman e na Y&R, até fevereiro deste ano, e tem a admiração profissional por parte do ex-patrão, que não a demitiu nem no programa nem na empresa, que já havia deixado.