Entrevista

SANTA CLARA VENCEU ONDA E FAZ 10 ANOS

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Zamboni e Campos: estratégia e resultados

Entre 12 startups lançadas na primeira década deste século na onda das butiques criativas, a Santa Clara é uma das duas únicas que sobreviveram. Mais do que isso, chega ao seu décimo ano de atuação crescendo, com duas novas unidades de negócios e apresentando crescimento de 15% ao ano. Depois de 8 anos independente, vendeu parte minoritária de suas ações para a rede M&C Saatchi, com sede em Londres, vencendo a crise e a acirrada concorrência de mercado. Em meio à comemoração de 10 anos de atuação, anuncia o lançamento da Santa Clara PME e Santa Clara Corporate e a conquista das contas da rede Outback e da Seguradora Tokio Marine. Com investimento de R$ 5 milhões e previsão de participação de 30% da receita em três anos, a Santa Clara PME está focada em anunciantes com verbas de até R$ 2 milhões, e a Corporate visa atuar com marcas no mundo digital. Sob o comando do CEO Ulisses Zamboni, do CCO Fernando Campos e do CFO Leo Ganem, que chegou para comandar as duas novas unidades e a diretoria de New Ventures, a Santa Clara coleciona cases de sucesso. Com uma carteira de 15 clientes, a agência atende marcas como Neosaldina, Multigrip, Nenedent, Nebacetin e Eparema, há 10 anos, Dona Benta, Sol e Petybon do grupo J.Macedo há 7 anos e o Quem Disse Berenice, do Boticário, há 6 anos. Fernando Campos, sócio e CCO da Santa Clara, responde ao Blog:

A Santa Clara nasceu na onda das boutiques criativas, em meio a 12 inaugurações simultâneas. Foi uma das 2 que sobreviveu. Qual foi a receita?

Acho que dá pra resumir a resposta em uma palavra: “Estratégia”. Desde o início nos preocupamos em compor a equipe com nomes que traziam visão estratégica para a marca, independente de serem nomes de Criação, Planejamento, Atendimento ou Mídia. Isso obviamente custou caro no início, quando a agência ainda tinha poucos clientes, mas foi exatamente esse “estofo” que permitiu à agência pleitear mais e maiores clientes, sustentando seu crescimento.

Desde o princípio a agência se posicionou como uma criadora de cases completos. Essa é a razão da relação duradoura com alguns clientes?

Sem dúvida. Isso é um traço original da agência, que a acompanha desde o primeiro dia, e segue imutável. Reputação é o nome do jogo, e isso se constrói com cases completos, não com uma ou outra peça, por mais brilhante e premiada que seja.

Que contribuições o grupo MCSaatchi proporciona à agência especialmente no que diz respeito às novas mídias e tecnologias?

Esse ainda é um processo que está começando, mas já percebemos que as maiores contribuições acontecem nas ferramentas e disciplinas “emergentes”: mobile, influenciadores, CRM, BI (business inteligence) e prototipagem.