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PRESIDENTES: SIM E NÃO PARA NIZAN

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Presidentes de júri com Santiago

Reunidos por Santiago Keller Sarmiento, criador do El Ojo de Iberoamerica, para comentar a eleição de trabalhos premiados em suas respectivas categorias, alguns presidentes de júri da 18º edição do festival também comentaram a palestra de Nizan Guanaes. Entre outras afirmações, o fundador do grupo ABC disse que os festivais, embora importantes para a indústria da propaganda, estão criando um idioma próprio para conceder prêmios. Segundo ele, em vez de criarem para seus públicos, profissionais de todos os países produzem peças para a linguagem do júri em busca de troféus. Luis Miguel Messianu, chairman da Alma DDB dos Estados Unidos, voltada para o mercado hispânico, presidente do júri Tercer Ojo, equivalente ao Titanium de Cannes, disse que Nizan tem razão, em parte. “Nosso trabalho, quando voltado para os mexicanos, por exemplo, têm que seguir as características desse consumidor particular. Por outro lado, as grandes marcas exigem que façamos uma publicidade para criar identidade e interagir com o público onde ele estiver. Temos que encontrar um equilíbrio entre o regional e o global”, explicou. Hernan Ponce, da Ponce Buenos Aires e presidente do júri de Cine/TV, concordou com Messianu e foi além: “é uma questão de sobrevivência das agências”, garantiu. Não são só as agências que buscam a linguagem global, mas as próprias empresas, a fim de manter a identidade de suas marcas de maneira universal. Hugo Rodrigues, presidente da Publicis, que comandou os jurados da área de Via Pública, entende que as agências precisam chegar à mente e ao coração do consumidor, vendendo sonhos. E sonhos fazem parte da vida de qualquer público, seja de qual país for. Claro que há campanhas que só funcionam regionalmente, mas com certeza são premiadas em seus festivais nacionais. Em um festival internacional a linguagem realmente é diferente”, concluiu.