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EXPERIMENTO DE “VEJA” MOSTRA DISTORÇÃO

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O garotinho sudanês Kong Nyong, desnutrido e faminto à procura de alimento, observado por um oportunista e paciente abutre, se transforma numa menina alegre, brincando com pombas brancas. Esse é o resultado do experimento “Fato Distorcido”, criado pela Almap BBDO para a revista “Veja”. Seis artistas brasileiros de áreas diferentes foram convidados para retratar cada imagem, em sequência, a partir da fotografia original. Participaram o pintor Rien, o ilustrador Eduardo Nunes, o escultor Cícero D’Ávila, o grafiteiro Giuliano Alemão, o xilogravurista Samuel Ornelas e o fotógrafo Guto Nóbrega. Idealizado pelo redator Cesar Herszkowicz e o diretor de arte Luciano Lincoln, o ensaio ganhou um videocase produzido pela Bossa Nova Films, com direção de cena de Vitor Amati, fotografia de Walter Carvalho e áudio da Satélite. A direção criativa é de Bruno Prosperi e Renato Simões, com direção geral de Luiz Sanches. A ação se tornou a nova campanha da publicação, para ser veiculada na Internet e no Cinema. O conceito “Quanto mais distante dos acontecimentos, mais distorcida fica a informação”, atende o briefing “Por isso é sempre melhor ir direto à fonte”, formulado pelo Marketing da Editora Abril, sob o comando do diretor superintendente de “Veja”, Rogério Gabriel Comprido.  A imagem original é de 1993 clicada pelo fotógrafo sul-africano Kevin Carter. Além de ganhar o prêmio Pulitzer 94, a foto também ficou mundialmente famosa por uma tragédia. Acusado por jornais norte-americanos de não ter se preocupado em ajudar o menino, ele se suicidou tempos depois, aos 33 anos de idade. Em 2010 a história real virou tema do longa-metragem “The Bang Bang Club”, associação que tinha Kevin como integrante. A foto foi tirada durante uma expedição ao Sudão, então em guerra civil, e foi o estopim de uma ação urgente da ONU de ajuda aos refugiados daquela nação.