NOVA DENTSU UNE OS MUNDOS REAL E DIGITAL

Acabou a era dos especialistas. Os profissionais da comunicação precisam voltar a ser generalistas. É o que exige a fase pós-digital. Assim Mário D’Andrea resume o comportamento da nova Dentsu, onde chegou há um ano e que preside há dez meses substituindo Renato Loes. “Hoje ninguém mais pensa ou fala em entrar na Internet. É automático estar conectado com a chegada dos smartphones. As mudanças na agência exigiram investimentos e contratações. Esse esforço prejudicou num primeiro momento a prospecção de clientes e também a participação em festivais criativos. A Dentsu Brasil não tinha profissionais de comunicação digital, por exemplo. O projeto de modernização da agência também passou por problemas de imagem, já que a percepção do mercado remetia à uma empresa burocrática, não criativa e exclusivamente com clientes japoneses. E isso realmente aconteceu na chegada da Dentsu no Brasil, há dez anos, através de acordo operacional com a DPZ, justamente para criar campanhas para marcas japonesas. Há seis anos independente no País e há dois como majoritária numa holding formada junto com o grupo inglês Aegis, a agência mais do que nunca precisava se adequar aos novos tempos. Com 80 profissionais, 15 deles especializados no Digital, a Dentsu começa a mostrar o trabalho desses 12 meses da nova gestão visando ser desejada pelos anunciantes. Dividida nas áreas Inovação, Digital e Varejo ainda tem uma carteira pequena, com apenas nove clientes. E alguns deles realmente de origem oriental, como Toyota, Ajinomoto e Canon. Mas seu trabalho nesse período foi intenso, compreendendo 12 campanhas e 28 filmes publicitários, alguns para novos clientes nacionais, como Sonda Supermercados, Arteris administradora de rodovias, e universidade Uninove. O objetivo é aumentar essa participação de empresas brasileiras no seu cadastro de clientes, mas, claro, sem dispensar novos e grandes marcas japonesas que decidirem entregar sua conta à Dentsu. Os cases da agência podem ser conferidos em hotsite criado exclusivamente para mostrar o novo trabalho.