FUNDO INVESTIDOR NA NOVA FISCHER

Visando repor o pagamento de ações que estavam em poder de ex-sócios da Fischer & Friends como Antonio Fadiga, Allan Barros e Mário D’Andrea, Eduardo Fischer fechou a venda de parte minoritária da sociedade da agência para aTrindade Investimentos. Da mesma maneira, o fundo torna-se sócio minoritário da agência de Marketing Promocional One Stop, da Alquimia, de Incentivo e CRM, e da Prêmios Online, que opera um sistema de premiação corporativa. As três atuam sob a marca TOD (Total on Demand). Fischer procurava um caminho para a retomada da posição da principal agência desde o início deste ano, quando perdeu a conta da Caixa e por conseqüência alguns friends. Além disso, deixou de receber um cheque pronto e assinado da multinacional japonesa Dentsu pelo controle acionário da agência, estimado por fontes do mercado em R$ 250 milhões. Mas essa não é a primeira vez que Eduardo Fischer precisa se reinventar. Depois do início com a pequena Fischer & Gabus Mendes, que nasceu em 78, em 82 como Fischer & Justus começou a atrair o interesse de multinacionais. A associação com a Young & Rubicam durou entre 84 e 89 e o primeiro grande ressurgimento da agência ocorreu um ano depois com a conquista da conta da Brahma. Os tempos de prosperidade incluíram a abertura do grupo Total e a rede Fischer América, com agências na Argentina, Venezuela, Colômbia, México, Miami e posteriormente em Portugal. A saída de Roberto Justus obrigou Fischer a mais um renascimento, que se fortaleceu com as contas da Caixa e do grupo Femsa, fabricante das cervejas Kaiser e Sol. Sozinho novamente em 2013 com a saída dos sócios, retomou o comando da agência, contratou criativos como Rodrigo Almeida e Toninho Neto, conquistou a conta da Sabesp e agora anunciou novo parceiro. Conforme informações no site da Trindade, fundada em 2010, a empresa de investimentos atua em startups de tecnologia e em empresas que necessitem urgentemente de recursos. “Estamos muito felizes e entusiasmados com nosso investimento na Fischer, um ícone na publicidade brasileira que se confunde com a própria história do setor”, diz Danilo Amaral, sócio da Trindade.