Ação Social

AACD ABORDA MOBILIDADE PARA INCLUSÃO SOCIAL

Publicado em

Baixa escolaridade, desemprego e isolamento social, além da falta de mobilidade, são características que afetam pessoas com deficiência que não possuem acesso ao processo de reabilitação.

A nova campanha “Sem Atendimento, Sem Oportunidade”, da AACD, criada internamente pela instituição, visa alertar a sociedade sobre os impactos sociais desse quadro.

A campanha conta as histórias de vida de pacientes como Giovanna Longuinho, de 21 anos, e Paulo César, 34 anos. Ambos passaram por processo de reabilitação na instituição, fundamental para suas inclusões no mercado de trabalho. Hoje, ambos trilham carreiras de sucesso.

Paulo foi vítima de arma de fogo em 2014 e, quando chegou à AACD, só conseguia ficar deitado. Graças à reabilitação, hoje se desloca com independência e se formou em Psicologia. Faz aprimoramento na AACD e já projeta mestrado e doutorado na área.

Giovanna teve problemas no parto que afetaram gravemente seu braço direito. Chegou à AACD com menos de um mês de vida e, com a reabilitação e três cirurgias, teve a oportunidade de seguir seus estudos sem atrasos. Hoje, é universitária no curso de Fisioterapia.

Infelizmente essa não é a realidade da maior parte da população brasileira. De acordo com a mais recente Pesquisa Nacional de Saúde, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em levantamento feito em parceria com o Ministério da Saúde, cerca de 68% dos brasileiros com deficiência não possuem instrução ou têm o ensino fundamental incompleto. Entre a população sem deficiência, esse índice é de aproximadamente 31%. Somente 28,3% das pessoas com deficiência em idade de trabalhar, a partir dos 14 anos, estão no mercado de trabalho no Brasil. Entre as pessoas sem deficiência, o índice é de 66%.

“Ao não darmos oportunidades para pessoas com deficiência, além da exclusão social, que por si só já é um absurdo, estamos fechando os olhos para inúmeros talentos e com isso, impedindo que milhares de crianças, jovens e adultos atinjam seu máximo pessoal. Como sociedade, além de injustiça, é uma enorme perda, pois poderiam estar contribuindo para construirmos um país melhor”, afirma a dra. Alice Rosa Ramos, superintendente de Práticas Assistenciais da AACD.

Além de anúncios com alertas sobre os problemas do não atendimento, a campanha também trará uma série de posts nas redes sociais da AACD com conteúdos que mostram como a falta de reabilitação e cirurgias necessárias podem agravar diversas patologias dentro do campo da deficiência física.

“Essa campanha tem como objetivo chamar a atenção da sociedade para a causa da AACD. Precisamos de mais engajamento das pessoas físicas e empresas para que efetivamente a gente consiga transformar esse cenário que hoje ainda está longe do ideal. A inclusão da pessoa com deficiência tem que estar entre as principais pautas do Brasil”, diz Edson Brito, superintendente de Marketing e Relações Institucionais da AACD.