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SURGE DATA RAÇA COM FOCO NA DIVERSIDADE

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Torreta e Pestana: soma de marketing, pesquisa e ativismo

Parceria entre o estrategista de pesquisa e marketing André Torretta, e o ativista Maurício Pestana, presidente do Conselho Editorial da revista “Raça”, resulta em empresa de dados e conteúdo focada em diversidade.

O Instituto DataRaça Pesquisa, Consultoria e Conhecimento chega ao mercado dirigindo seu foco no combate ao racismo estrutural e na recomposição dos direitos do cidadão e do consumidor brasileiro. Negros correspondem a 56% da população do País, conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A primeira pesquisa, realizada em fevereiro de 2022,  vai integrar uma série  trimestral e já exibe a necessidade de se impulsionar a inclusão racial para despertar na sociedade atitudes antirracistas, com letramento, incentivos ao pertencimento e à reparação dos negros pela discriminação.

Se, por um lado, o universo pesquisado na edição de estreia declara que “ser preto” não prejudica, já que 65% afirmam ter orgulho da origem africana, por outro fica claro a percepção de que os pretos são tratados de maneira injusta, segundo 87% dos entrevistados.

A nova empresa vai se dedicar à construção de relações antirracistas no mundo corporativo com a difusão de atitudes, serviços e produtos que abracem a diversidade racial sob o ponto de vista do negro.

Embora o Brasil esteja vivendo profundas mudanças em torno do arco composto pelas questões de raça, cor, gênero e desigualdades sociais, isso deveria ter sido superado numa nação continental, situada entre as 15 maiores economias globais e que, mesmo assim, ocupa posição entre os cinco países mais desiguais do planeta.
A soma das experiências dos sócios do DataRaça pode fazer diferença.

Pestana é ativista da questão racial há décadas e autor do livro “A empresa Antirracista”, no qual discute como o meio empresarial pode promover diversidade. Torretta traz na bagagem consultoria especializada em classes populares, questões socioeconômicas e regionais no Brasil. Juntos vão produzir estudos e enfoques estratégicos na luta contra a naturalização de situações que promovem a discriminação e dão voz ao racismo estrutural.

Diante de um racismo tão presente, como acentuam Pestana e Torretta, é mais do que urgente desenvolver junto às corporações a promoção de inclusão da diversidade racial, visando à superação de pré-conceitos arraigados em séculos de desmazelo com questão tão essencial para o futuro do Brasil.