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CONTEÚDO COMEÇA A MEXER COM AGÊNCIAS

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Aaron: agências e produtoras

Dar um tempo na publicidade e dedicar-se a Conteúdo é um discurso recorrente entre publicitários que deixam seus postos em agências. Num primeiro momento, começam a conversar com as produtoras independentes, a postos para cumprir a lei 12.485. A cota de produções nacionais a serem exibidas pela TV paga já atinge 2 horas e 20 minutos por semana, em horário nobre. Ainda é pouco considerando as 160 horas semanais de programação exibida por essas emissoras por assinatura, mas é um começo. A novidade, porém, é que algumas agências passaram a enxergar nesse nicho uma grande oportunidade para oferecer um diferencial aos seus clientes. Aaron Sutton, que deixou recentemente a direção geral de Criação da Mood, conversa nas duas pontas, com produtoras e agências. “Atualmente, a publicidade vai muito além dos 30 segundos. Estima-se que a TV paga vai movimentar em breve R$ 2 bilhões em produção independente. Há um grande caminho a percorrer”, explica. Como ele diz, hoje o mercado deve olhar a propaganda também como Conteúdo. Ao contrário do merchandising simples, introduzido à força nos enredos de seriados e telenovelas, as marcas devem fazer parte da história. “Como no exemplo clássico de Fedex e Wilson no filme Náufrago”, lembra o criativo. “E isso só será viabilizado com grandes anunciantes, clientes de agências de médio e grande porte. Porque essa é uma função da agência, de pensar inovações para as marcas, de trabalhar em regime de parceria entre Criação e Mídia. Esse não é o papel das produtoras”, afirma. Para Aaron, o Conteúdo é o Digital de 15 anos atrás. E quem saiu na frente colheu resultados mais rapidamente, como a Click e a DM9”, recorda.