Entrevista
“NUNCA DEIXEI A PUBLICIDADE”
Publicado emMesmo com sucessos no cinema e na TV, o diretor Luiz Villaça diz que propaganda faz parte de sua carreira
Mais reconhecido pelos longas-metragens e seriados que dirigiu, Luiz Villaça comemorou como nunca o prêmio de Campanha Nacional no Profissionais do Ano 2024 da Rede Globo para “Tempo Pra Tudo”, da Vivo, criada pela agência VML.
Isso porque ele não faz distinção entre Cinema, Publicidade e Teatro, e concilia experiências de cada área para realizar um trabalho. Atualmente, dirige a peça “O Que Só Sabemos Juntos”, com Denise Fraga e Tony Ramos, em cartaz no teatro Tuca, em São Paulo.
Mas além da campanha da Vivo, Villaça, sócio da produtora Café Royal desde 2019, tem um extenso portfólio de publicidade, atuando também como criador e roteirista, além de diretor de cena.
Em sua carreira, dirigiu comerciais nas produtoras EB, Espiral e Made To Create, depois renomeada Bossa Nova Filmes. Entre as campanhas que assina, “Terapia” para Limpol” e “Globo.Com” com o ator Pedro Cardoso, ambas para a W/Brasil, e filmes para o Bradesco, da agência WMcCann.
O sucesso de seriados como “Retrato Falado”, “Álbum de Casamento”, “Central da Periferia” e “A Mulher do Prefeito, todos na Rede Globo, além de “3 Teresas” e “Vizinhos’, no GNT, é responsável por sua imagem tão ligada à Televisão.
No Cinema não é diferente, desde sua estreia com “Por Trás do Pano”, em 1999, estrelado pela atriz Denise Fraga, com quem se casou em 1994, já dirigiu filmes como “Cristina quer Casar”, “O Contador de Histórias”, “De onde eu te Vejo”, “Pagliacci” e “45 do Segundo Tempo”.
A longa parceria com Denise em vários projetos acabou gerando mais uma campanha da Vivo depois do sucesso de “Tem Tempo pra Tudo”, que misturou cinema e entretenimento e teve apresentação em teatro.
A nova proposta pelo casal agora em parceria com a agência Galeria, resultou na webserie “A Vida Convida”, em que vai às ruas para propor que as pessoas vivam experiências humanas e resgatem sensações fora das telas, como as de um abraço ou até mesmo um momento de silêncio.
O projeto conta com quatro episódios, cocriados com a artista, dirigidos por Luiz Villaça e com produção da Café Royal e som da Jamute, iniciado com o episódio, “Olhar nos Olhos”.
“Esse tipo de trabalho tem um toque de cinema, é próximo do teatro e virou publicidade”, explica Villaça, sobre a fusão de técnicas de comunicação que norteiam seu trabalho.
Em entrevista ao Blog e perguntado sobre a máxima de que os cineastas acabam migrando para a publicidade em razão de um ganho mais rápido e maior, Villaça diz que nunca foi atraído por Nota Fiscal, mas sim pela motivação do projeto.
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