Cannes 2025

OCUPATRANS MARCA PRESENÇA EM CANNES

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Seis selecionados e quatro diretores representam a organização no Cannes Lions 2025

Delegação da Ocupatrans no festival

Dez pessoas trans estão representando a Ocupatrans no maior festival mundial de criatividade e comunicação publicitária.

A viagem tornou-se realidade graças a uma mobilização intensa e espontânea que uniu profissionais do mercado publicitário, influenciadores e pessoas físicas em torno do objetivo urgente de garantir a presença trans no evento.

A delegação é formada por Diogo Gomes, de Belo Horizonte, Leandro Motta, Stephan Malulei e Bella Tavares de São Paulo e Rafaela de Prada, de Belém do Pará.,

Todos estão ativos no TikTok e no Instagram, onde o coletivo compartilha conteúdos, reflexões e momentos diretamente da França.

“Batemos em muitas portas institucionais e recebemos o silêncio. Quando finalmente a rede se movimentou, foi por pressão, solidariedade e estratégia que conseguimos. Essa conquista é da gente, mas também é um espelho do que o mercado precisa rever”, afirma a CEO da Ocupatrans, Guilhermina de Paula, uma das pessoas integrantes do rol de influentes personalidades “Under 30 2025”.

Houve o apoio direto de agências parceiras que doaram e seguirão apoiando a organização, como Droga5, Galeria, Publicis, LePub e Wieden+Kennedy, além de agências mobilizadas na reta final do projeto.

“A prioridade é compreender que Diversidade, Equidade e Inclusão é sobre investimento, não sobre trabalho voluntário ou boa vontade daqueles que já são diariamente atravessados pelo mercado por serem quem são. Não existe custo alto demais, existem definições de prioridades e entendimento do que é de fato apoiar e agir a partir da priorização da DE&I”, afirma Johana Quintana, Head de Pessoas, Cultura e Comunicação da Droga5 São Paulo.

“Levar a Ocupatrans para Cannes é insistir que criatividade e diversidade caminham juntas. Não basta premiar no palco ideias que fogem do padrão se, ao redor da mesa, não estão também as vivências que trazem repertórios diversos. É esse repertório que está transformando, hoje, um festival de publicidade em um festival de criatividade”, diz Felipe Simi, CEO e Creative Chairperson na Droga5 SP.

Projetos como a Ocupatrans não precisam de palmas e posts em conjunto com agências. Precisam de estrutura, de verba, de compromisso honesto e contínuo. Não dá mais pra aplaudir a diversidade no palco, comercializar o que ela significa e negar apoio quando está no bastidor. Se o mercado quer de fato mudar, precisa ser atuante e realmente intencional. E entender que não se trata de ser herói quando convém, mas de caminhar junto”, afirma Rodrigo Marangoni, sócio e diretor Executivo de Criação da Galeria.ag.

“Sozinhas tudo fica mais difícil. Precisamos de pessoas cis aliadas, conscientes do espaço que ocupam e do impacto que têm no mercado. Só assim outras pessoas cis ouvirão, porque infelizmente ainda é assim que se move a estrutura”, diz Guilhermina, CEO da Ocupatrans.

 “Essa viagem é muito mais do que uma conquista simbólica. É um grito de existência, criatividade e potência. Não queremos só ser representados, queremos fazer parte das decisões”, completa.