Memória
ÍCONE DAS IMAGENS EM PRETO E BRANCO
Publicado emSebastião Salgado faleceu em Paris. Ele teve exposição no Brasil em 2022 patrocinada pela Natura
Há três anos o desmatamento da floresta amazônica chegava a alarmantes 20% promovido desde 1988. O tema continua muito atual talvez com índice ainda maior.
Além de todas as magníficas obras que deixou, o fotógrafo mineiro que morreu nesta sexta-feira (23) em Paris, aos 81 anos, também gritou pela preservação da maior reserva natural do planeta com suas belas e tradicionais imagens em preto e branco.
Mineiro de Aimorés, Salgado fotografou em mais 120 países deixando um legado em livros, reportagens e exposições apresentadas em todo o mundo.
Em 2022, sua última mostra no Brasil percorreu os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e a cidade de Belém, capital paraense. A exposição teve patrocínio da Natura, empresa que há mais de duas décadas mantém compromisso com a Amazônia, preservando mais de dois milhões de hectares de floresta, impactando mais de 7 mil famílias de 34 comunidades que participam da cadeia produtiva da marca.
Com 220 imagens, a mostra foi idealizada e concebida por Lélia Wanick Salgado, companheira do fotógrafo desde 1967. A mensagem continua atual, com um convite para refletir sobre o futuro da biodiversidade e a urgente necessidade de proteção dos povos indígenas, assim como a preservação do ecossistema.
Além de mostrar a beleza e a riqueza da região, as imagens também refletiam sobre a necessidade de proteção do ecossistema e da biodiversidade, incentivando a conscientização sobre o futuro da floresta e a importância de ações conjuntas para a sua preservação.
A trajetória do brilhante fotógrafo começou na Africa, no início dos anos 70, durante viagem de trabalho encomendado pelo Banco Mundial. Em 1979, depois de passagens pelas agências de fotografia Sygma e Gamma, entrou para a Magnum quando realizou uma série de fotos sobre os primeiros 100 dias de governo de Ronald Reagan.
Seu primeiro livro, Outras Américas, sobre os pobres na América Latina foi publicado em 1986. Entre outros reconhecidos trabalhos “Homem em Pânico” mostrou com imagens a seca na Africa.
Salgado foi reconhecido mundialmente com um dos mais brilhantes fotodocumentarista.