COP 30 ABRE PORTAS PARA MARCAS SUSTENTÁVEIS

Evento dá oportunidade a empresas para conectarem seus valores às demandas da sociedade

Tema central da 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a ser realizada em novembro na capital paraense, a sustentabilidade adotada por empresas pode amplificar a imagem de marcas.

Pela primeira vez no Brasil, o evento de Belém está aberto para que companhias do país se destaquem como líderes em práticas responsáveis.

Para Tomás Correa,co-fundador e CCO da Felicidade Collective Brasil, a nova economia exige uma maneira nova de se comunicar, sendo a transparência um pilar importante da narrativa sustentável.

“As empresas reconhecem essa demanda, mas muitas vezes, no desejo de atender a essas expectativas, caem na tentação de parecer melhores do que realmente são. É aí que surgem práticas como o greenwashing e o purpose-washing (ações de promover produtos ou serviços como ambientalmente responsáveis sem que isso seja verdade)”, diz o executivo. 

Com sedes em Madri, na Espanha e no Meco, em Portugal, a Felicidade Collective, agência fundada por Chacho Puebla chegou ao Brasil em outubro de 2023.

Seu trabalho é auxiliar marcas e C-Level na caminhada de impacto positivo, legado para um mundo melhor e adaptação ao capitalismo consciente ou verde.

Pesquisas recentes mostram que a confiança e a lealdade do consumidor estão diretamente relacionadas à clareza das marcas. De fato, 94% das pessoas se dizem mais leais a empresas transparentes, enquanto 89% confiam mais em organizações que reconhecem abertamente suas falhas.

No Brasil, de acordo com o estudo “Peoples’ Climate Vote 2024”, apenas 18% das pessoas acreditam que grandes empresas estão realmente abordando as questões climáticas de forma adequada. Por outro lado, 72% da geração Z e Y e 68% da geração X, procuram as marcas para resolver questões sociais como as mudanças climáticas, racismo e pobreza. .

“As pesquisas estão enviando um recado claro: tudo bem não ser perfeito. Ninguém é. Ninguém é 100% sustentável. O que as pessoas esperam é honestidade. Se você está no início da sua jornada, diga exatamente isso. Acredite, quando o assunto é sustentabilidade, existe um valor enorme mesmo no início, explica Tomás”. 

Segundo ele, a COP30 oferece às marcas brasileiras a chance de mostrar suas iniciativas ambientais de forma concreta, conectando-se com o público local e global. Marcas que tratam impacto apenas como vitrine podem perder credibilidade. Já aquelas que integram práticas sustentáveis à sua narrativa, destacando impactos reais e locais, conseguem criar um posicionamento mais sólido.