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UMA INÉDITA VISÃO MASCULINA DO AMOR

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Diretor de Criação da Africa, o redator gaúcho, músico e poeta, Everton Behenck lança nesta quarta-feira (13) seu novo livro “Nada Mais Maldito Que Um Amor Bonito”.

O profissional chegou à agência do grupo ABC há pouco mais de três anos, como redator sênior. Antes atuou na Pereira & O’Dell e nas gaúchas DCS, Boca e DM9 Sul. Everton é autor também de “Os Dentes Da Delicadeza”, de 2017.

“Nada Mais Maldito Que Um Amor Bonito” é um livro de poemas que conta uma história. Ou um romance em versos. Tanto faz. O título coloca o tema central da “trama”. É uma história de amor. Com tudo de belo e trágico que isso traz consigo. Mas na contracapa temos uma pista de que existe algo além de uma história pós-romântica contada na voz masculina.

A obra é a ferramenta do autor para desmascarar o amor no que ele tem de ambíguo. No início, o autor nos apresenta a grandeza de um sentimento que chega sem avisar e nos transforma em outra pessoa. Durante a leitura, acompanhamos sua mudança de perspectiva sobre a complexidade e a profundidade desse sentimento arrebatador. Por fim, a beleza dos acertos cede lugar à perplexidade à medida que Everton expõe as densas camadas de um coração ferido e apaixonado.

O amor pode não dar certo, mas só ele pode nos dar tudo. Esta frase parece ser a tese do livro. A ideia de que o amor é maior que o ser amado. Está além dele. E que, se pessoas vem e vão, histórias vem e vão, mesmo que deixem um rastro de destruição na vida da gente, e quem já se apaixonou sabe que deixam mesmo, ainda assim o amor sempre vale a pena. E por ele vale fazer tudo. Viver tudo. Passar por tudo.

E essa é uma visão inédita do amor vindo de um homem. Quando as coisas não saem como o esperado. O romantismo masculino sempre valorizou a amada. A mulher por quem vale a pena matar e morrer. E assim, “objetificava” o ser amado. E daí vem a violência. A incapacidade de admirar o término da relação. Como se o fato de eleger uma pessoa como o amor da sua vida desse sobre ela todos os direitos. De vida e morte.

Mas o amor masculino proposto no livro assimilou uma certa feminilidade. A capacidade de entrega desprotegida que sempre foi característica das mulheres. Querer o bem do outro. A felicidade do outro. Amar o outro até quando a pessoa vai embora. E ver beleza nisso. Amar o outro e o amor no outro. Entender que o amor e o outro são coisas diferente. O outro vai.

O lançamento será na Livraria da Vila da rua Fradique Coutinho 915, em Pinheiros, São Paulo, a partir das 19 horas.