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Porta dos Fundos estoura no México e já prepara lançamento em mercados europeus

Lançado há seis meses, “Back Door”, primeira versão internacional do “Porta dos Fundos” é um sucesso no México. Inclusive com Branded Content, que no Brasil tem praticamente o mesmo número de views dos vídeos tradicionais de humor.

João Vicente de Castro, um dos sócios fundadores do canal em 2012 com Antonio Tabet, Fábio Porchat, Gregório Duvivier e Ian SBF, foi protagonista da palestra “Humor por donde no lo esperas” no segundo dia do festival El Ojo de Iberoamerica.

Ele falou a um auditório lotado ao lado de Tereza Gonzalez, diretora sênior da Viacom International Studios Brasil, subsidiária do conglomerado de mídia que assumiu a sociedade majoritária do Porta dos Fundos em abril de 2017.

João Vicente conversou com o Blog brincando com os anunciantes, dizendo que o briefing do cliente sempre atrapalha na produção do roteiro. Depois emendou que na verdade é preciso entender as necessidades de cada marca para que o resultado não seja um merchandising tosco.

Como ele disse, há muita conversa, principalmente entre os roteiristas do Porta dos Fundos para atender questões sobre exposição do produto, objetivos da mensagem e metas do anunciante.

Assim como no Brasil, no México o canal também é parceiro do Youtube.

Em sete anos, o Porta dos Fundos já veiculou cerca de 1500 vídeos e tem mais 500 roteiros prontos. No Brasil são 16.2 milhões de inscritos, 5.3 bilhões de views, com 76% de retenção e 97,7% de likes.

No México, que já tem 2,6 milhões de inscritos e 138 milhões de views o canal já realizou um primeiro Branded Content para a academia Smart Fit, esperando que a prática ganhe a mesma importância que tem no Brasil.

Conforme explicou Tereza, os próximos passos internacionais do Porta dos Fundos, ou Back Door, serão na Europa, com previsão de aterrissagem na Itália e na Espanha. Portugal, por sua vez, acessa o original e é a segunda audiência do canal.

Ela explicou que depois do México, os Estados Unidos são um mercado natural para o projeto.

Sobre o estilo polêmico e escrachado dos vídeos, Tereza afirma que apesar das repercussões, o Porta dos Fundos teve, até hoje, que enfrentar poucos processos, alguns da igreja, outro do time de futebol do Botafogo, o qual, aliás, o canal acabou de ganhar na Justiça. “Geralmente ganhamos sob o argumento da liberdade de expressão”, lembrou.

Quanto à pergunta sobre o fato dos roteiristas ouvirem advogados antes de produzirem os vídeos, Tereza garantiu que ouvem, mas não atendem.

“Fazemos piada”, decretou.