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ÍCONE DO DESIGN VENCEU A MORTE

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Chu Ming testando sua criatura

Criado em 1979 e ganhador de vários prêmios nacionais e internacionais, o comercial “A morte do orelhão” serviu de alerta e aumentou a conscientização do público brasileiro quanto a importância social do equipamento.

Considerado “Ícone do Design Mundial”, o Orelhão também foi incluído pela escritora Ana Maria Bahiana, nos anos 70, na lista das maravilhas da modernidade, ao lado do Metrô, da Calculadora Portátil, do Computador e da Loteria Esportiva.

Neste 4 de abril, lembra o Doodle do Google, comemora-se 76 anos do nascimento de sua criadora, a arquiteta e designer sino-brasileira Chu Ming Silveira. Falecida em 1997, não chegou a constatar a vida longa de sua criatura, que completa 45 anos neste 2017.

A novidade brasileira, lançada em 1972 em São Paulo e Rio de Janeiro, virou moda e atravessou fronteiras chegando a vários países da América Latina, além de Angola, Moçambique e até na China de Chu Ming.

Além disso, sua instalação em comunidades carentes, inicialmente apenas para receber chamadas, foi importante meio de comunicação da população antes do advento dos telefones celulares. Ainda hoje, já operando com cartões, atende aos menos favorecidos para contato com serviços essenciais.

Concebido como protetor telefônico ou cabine individual, o Orelhão sofreu com atos de vandalismo a ponto de ganhar um filme da então Telesp, criado na DPZ por Neil Ferreira, José Zaragoza e Nelo Pimentel, com efeitos especiais de Domingos Utimura.

As traquitanas de Utimura, com produção da Espiral, foram reconhecidas internacionalmente através do prêmio de Melhores Efeitos Especiais concedido pela “Hollywood Radio and Television Society NYC”.

Chefe do Departamento de Projetos da Companhia Telefônica Brasileira, Chu Ming aceitou o desafio de criar um protetor para telefones públicos que reunisse funcionalidade e beleza.

A partir da forma do Ovo, simples e acusticamente melhor, ela criou dois modelos, para locais fechados e áreas externas. Este, nas cores azul e laranja, resistentes ao sol e à chuva, ao frio e às altas temperaturas, foram adotados pela população que o batizou imediatamente pelo apelido conhecido mundialmente.