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A VIDA CONTINUA COM HOMENS DE GELO

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Bonecos de gelo no centro de São Paulo que derretem e deixam órgãos em acrílico vermelho intactos formam nova ação da Beneficência Portuguesa em favor da doação. A transparência que representa a morte e a continuidade de órgãos vitais, matéria-prima de transplantes mostra a importância da conscientização da população para o problema. Com o título “A vida continua. Doe órgãos”, o projeto de intervenção urbana, criada pela DM9 DDB sob o comando de Leonardo Macias, inclui duas esculturas instaladas nesta quinta-feira (26) ao lado do Teatro Municipal e mais uma nesta sexta-feira (27) no Vale do Anhangabaú. “É de extrema importância que a doação de órgãos seja pauta de discussão nas famílias. Temos o dever de abrir essa conversa, pois se trata de uma causa de amor ao próximo e de promoção da vida”, diz Manuel Coelho, superintendente de Marketing do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, o Brasil registrou crescimento nas doações e transplantes de órgãos em 2014. No ano passado foram 7.898 órgãos doados, o que representa um crescimento de 3% em relação ao ano anterior. A taxa de doadores também registrou crescimento. Foi de 13,5 milhões de pessoas em 2013 para 14,2 milhões em 2014. Mesmo com este aumento, a meta da associação, de 15 milhões, não foi alcançada. Isso deve-se principalmente à falta da autorização dos familiares. Em 2014, o índice da medida chamada “taxa negativa familiar” ficou em 46%, apenas 1% menor do que em 2013. As estátuas de gelo são produzidas com água de reuso, e a água proveniente do derretimento das estátuas será recolhida.