Ano: 2014

Do início da profissionalização do Desing no Brasil como parte integrante do processo criativo, até seu reconhecimento pleno pelo mundo empresarial, passaram-se 25 anos. Pode-se dizer que o segmento, na comunicação brasileira, ganhou importância através de um dos seus pioneiros, Lincoln Seragini, nos anos 90, e atingiu status de componente essencial no processo com Fred Gelli, nos dias atuais. Hoje, grandes projetos de Branding e Design em concorrência já não incluem mais agências de publicidade na competição. É o reconhecimento de um setor que consegue diferenciar um produto ou serviço, já que atributos como tecnologia, por exemplo, se tornaram commodities. Há duas décadas as agências de design ainda eram subcontratadas pelas agências de propaganda que dominavam 100% da verba do cliente. Atualmente, são no máximo parceiras. Agora, designers conversam diretamente com CEOs, VPs ou diretores de Marketing de grandes companhias que dividem seu budget de comunicação para contratar empresas especializadas em cada atividade. Gelli fundou a Tátil Design há 25 anos e viveu toda essa transformação do setor. No meio do caminho ele assistiu multinacionais como a norte-americana Landor cobrar US$ 1 milhão para desenvolver em 1997 a atual marca do Bradesco. Sem dúvida foi uma ação que ajudou as empresas brasileiras de Design a chegar ao reconhecimento do trabalho. “Os críticos desse valor cobrado pela Landor não levam em conta que o trabalho resultou numa marca que identifica o banco por muitos anos. Uma verba igual, hoje, às vezes é aplicada na produção de um comercial que vai ser veiculado por algumas semanas”, compara. Jurado brasileiro na primeira edição do Design Lions de Cannes, em 2008, Fred Gelli se tornou referência no setor. Nesses 25 anos já ganhou mais de 100 prêmios nacionais e internacionais e também foi jurado do D&AD e do Fiap. Sua Tátil é autora da marca dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, ao vencer processo com outras 138 concorrentes, realizada em 2010. “Fazer a marca de uma Olimpíada é um sonho de qualquer designer”, justifica. “É uma referência mundial, veiculada por seis anos e que após os jogos entra para a história”, comemora. Para ele, o importante é que empresários e dirigentes de Marketing já entenderam que é impossível separar Branding e Design. “É corpo e alma. Não dá para pensar isoladamente. É a evolução de construção de marca, que ajuda o público a entender o que é a empresa”, finaliza.

O projeto transmídia da Cinema Animadores e Conteúdo Diversos, “Zica e os Camaleões”, ganha vida a partir deste domingo (27), às 17 horas, no Museu da Imagem e do Som de São Paulo. O pacote inclui série para TV, livro, game, CD, longa-metragem, licenciamento de produtos e ações nas redes sociais, como concursos culturais, revista digital interativa, games e social game. A assinatura do projeto é do ilustrador e diretor de animação Ari Nicolosi. A novidade visa atingir um público entre 9 e 14 anos,  já que a animação 2D retrata o dia a dia de uma adolescente que utiliza a arte e a música como formas de expressão. Neste segundo semestre de 2014 “Zica e os Camaleões” também deve ser exibida pela TV Cultura e em toda a América Latina. A produção executiva é de
Silvia Prado e Sergio Lopes. Com mais de 28 anos de experiência em publicidade, Sergio Lopes (ex-QG, do Grupo Talent) desenvolveu a arquitetura de produção transmídia. Silvia Prado, que está no mercado de animações desde 1984, explica que a parceria da Cinema Amadores com a Conteúdos Diversos e o Ari Nicolosi começou há cinco anos. O evento no MIS será aberto ao público e inclui show com a banda “Zica cover e os Camaleões” e ação com o grafiteiro POW. Também serão apresentados os episódios da série e será lançado o livro de contos “O Quadrado”, da Editora Devir. A trilha sonora foi produzida em parceria com a Lua Nova, do produtor musical Thomas Roth.

Compartilhar problemas e soluções é a proposta do 5º Fórum de Marketing Empresarial a dirigentes e executivos de empresas, agências, veículos de comunicação e fornecedores do mercado. O evento, criado em 2010, é uma realização do grupo Doria e Editora Referência. A edição 2014 vai acontecer de 15 a 17 de agosto no Sofitel Jequitimar Hotel do Guarujá. “Criar novas estratégias para crescer e preservar clientes é o grande desafio do Marketing diante do atual quadro econômico do País”, diz João Doria Jr. Segundo ele, o Brasil está na lanterna do campeonato econômico da América Latina e o momento é de abrir novos mercados e buscar potenciais clientes. Cerca de 200 CEOs e principais executivos das grandes marcas brasileiras vão participar do fórum, o que proporciona uma interessante oportunidade de interação e ampliação de network. “A Copa do Mundo parou o Brasil por 45 dias. Está na hora das empresas voltarem e pensar na retomada de seu crescimento”, afirma Doria. O tema geral do 5º Fórum, “O Brasil no mercado global. Limites e oportunidades”, será abordado na palestra de encerramento do evento, por Nizan Guanaes, fundador do grupo ABC. O desenhista Mauricio de Sousa vai falar sobre o fenômeno multimídia de seus personagens e o presidente da Sky, Luis Eduardo Baptista Pinto da Rocha, o Bap, sobre a evolução da tevê por assinatura no País. Completam o programa de palestras a vice-presidente de Marketing e Comunicação da Nestlé, que vai falar sobre o pioneirismo da empresa no Serviço de Atendimento ao Consumidor, e a gerente de Marketing do Itaú, Andrea Pinotti Cordeiro, que vai explicar o legado da Copa para o País e as marcas. Durante o evento também serão entregues os troféus do 5º Prêmio Lide de Marketing Empresarial, em 15 categorias. Entre os vencedores, as Empresas do Ano Ambev, Itaú e Vivo, e os Dirigentes Empresariais do Ano Alberto Carvalho, presidente da P&G, Maria Eduarda Kertész, presidente da Divisão de Consumo da Johnson & Johnson, e Márcio Utsch, presidente da Alpargatas. Thomaz Souto Corrêa, vice-presidente da Editora Abril, receberá homenagem especial. Lançado na edição do ano passado, o prêmio Ícones da Propaganda 2014 será entregue a Marcello Serpa, Nizan Guanaes e Marcello Serpa.

Criada em 2004, a Corporate Run, corrida de rua destinada a equipes de empresas, chega à sua 10ª edição incorporada no calendário oficial de São Paulo e lança o espaço institucional Alameda das Empresas. Nesse local, patrocinadores promovem ações de relacionamento ou apresentação de produtos. O Obelisco do Ibirapuera, ponto de partida e chegada da competição, vai abrigar tendas das marcas. Outra novidade da edição 2014 do evento é a presença de dois DJ´s que se apresentarão durante o percurso, para animar e incentivar o público. A corrida deste ano será realizada no próximo domingo (27) a partir das 7h30 no Parque do Ibirapuera. A promoção é da agência Pepper e tem como patrocinadores principais o Bradesco, Asics, Omint e Timex. A Alameda das Empresas contará com espaços exclusivos de marcas como Canon, Pfizer, Pão de Açúcar, grupo Petropolis, Cyrela e Itapemirim, entre outras. A primeira edição da Corporate Run contou com 3 mil corredores. Neste ano, 15 mil participantes representando 500 empresas são esperados. A corrida é disputada nas modalidades 10 ou 6 quilômetros ou Caminhada. “O Corporate Run é um projeto que cresceu e foi consolidado como a maior corrida corporativa do Brasil. Criamos uma oportunidade para as empresas estimularem a saúde e o bem estar de seus funcionários, assim como proporcionar o relacionamento entre as empresas”, explica Anuar Tacach, sócio da Pepper.

Um time de mulheres comandantes de grandes empresas brasileiras se reuniu na última semana na ilha de Anguilla, no Caribe, para demonstrar a importância da gestão feminina no desenvolvimento econômico e social do País. Celia Pompeia, vice-presidente do grupo Doria comandou o Fórum de Mulheres Líderes, promovido pelo Lide Mulher e que contou com 25 destacadas empresárias do Brasil. A força feminina no mundo empresarial é representada por 24% dos cargos de liderança em grandes corporações. O Brasil apresenta média semelhante, já que mulheres ocupam 23% das posições de alta gestão, número próximo do índice europeu, que atinge 25% conforme o estudo International Business Report 2013 (IBR). Por outro lado, apenas 14% dessas brasileiras exercem a função de CEO, o que reforça a luta da versão feminina do Lide-Grupo de Líderes Empresariais, presidido por Sônia Hess, da Dudalina, para vencer barreiras e alcançar o reconhecimento. Segundo pesquisa da McKinsey, as empresas com maior equilíbrio entre homens e mulheres em suas posições executivas apresentam melhor desempenho financeiro. Além disso, conclui o estudo, empresas com maior representação de mulheres líderes têm aumento de 56% no EBIT (lucro antes de juros e impostos) e 41% no ROE (retorno sobre o patrimônio). Durante quatro dias, as empresárias brasileiras reunidas no Viceroy Hotel de Anguilla trocaram informações e experiências empresariais. O programa de atividades incluiu as palestras “A força da liderança feminina e sua capacidade de inovação corporativa”, de Denise Rutherford, vice-presidente da 3M para a América Latina e “Mulheres Líderes: Humanizando relações e multiplicando resultados”, de Luiza Helena Trajano, presidente do Magazine Luiza.Também participaram do fórum, entre outras empresárias, Claudia Sender, presidente da TAM, Chieko Aoki, presidente do Blue Tree Hotels, Duda Kertesz, presidente da Divisão de Consumo da Johnson & Johnson, Angélica Potomati, diretora superintendente da Lukscolor, Junia Hermont, diretora superintendente da Líder Aviação,  Laura Oliveira, presidente do grupo LMO/McDonald’s, Alice Ferreira, presidente do Instituto Bombril e Beatriz Doria, fundadora da Galeria Bia Doria.