Sem categoria

REVER FESTIVAIS OU ABRIR FÁBRICA DE TROFÉU

Publicado em

O Brasil encerrou sua vitoriosa performance na 16ª edição do El Ojo de Iberoamerica com 215 troféus. Oito foram para Grand Prix, 63 de Ouro, 77 de Prata e 67 de Bronze. O festival distribuiu nesta versão 2013 nada menos do que 572 troféus. No inicio da década de 90, ganhar oito Leões em todo o festival de Cannes, mesmo número de GP ganhos no El Ojo, era motivo suficiente para alugar uma casa de eventos para grandiosa festa. Claro que a partir de 92, com a criação do Press Lions, depois 94 com o Media Lions, 95 com o Radio Lions e assim por diante, tudo mudou. Hoje são 16 áreas no Cannes Lions. Os outros festivais seguem na mesma linha. Este ano o El Ojo teve 21 áreas, mais o prêmio de Melhor Ideia Latina para o Mundo. Como valorizar tanto prêmio? Como simplesmente lembrar de tanto prêmio? Se cada um merecesse uma linha de texto, precisaríamos de 215 delas só para discriminar os troféus. Como valorizar um mesmo trabalho que ganha prêmio em Filme, Conteúdo, Campanha Integrada, PR, Promo ou Direct? O que ele é, afinal? Um grande case, sem dúvida, e assim deveria ser premiado. Case é case, comercial é comercial, spot é spot, anúncio é anúncio e assim por diante. Óbvio que festivais representam um negócio e a diversidade de áreas e categorias permite construir seu faturamento. Mas não seria melhor cobrar mais pela inscrição de um case e premiá-lo como tal? Não teria maior valor? Essa é uma discussão que as redes de agências deveriam assumir em vez de estabelecer metas de premiação. Hoje, escritórios do Caribe, por exemplo, recebem cobrança mundial por premiação e produzem peças premiáveis em escala industrial.  Também em escala industrial devem operar empresas fabricantes de Leões, Ojos, Soles, etc. O volume ficou tão grande que é difícil abrir mais espaço para noticiar além dos oito Gran Ojos.