Categoria: Agências

Paulo Coelho não é mais o diretor executivo de Criação da Ogilvy Brasi. O profissional deixa a agência 15 dias após a saída do VP Arício Fortes, que voltou para o grupo ABC assumindo mesmo posto na DM9 DDB. Essa agência é o novo destino de Coelho, refazendo a dupla com Arício.

Ao mesmo tempo a Ogilvy promove a diretores de Criação da sede paulista, Márcio Fritzen e Silvio Medeiros. “São dois grandes profissionais que se identificaram com a cultura da nossa agência, mostrando um ótimo trabalho nos últimos meses” justifica Fernando Musa, CEO da agência. O redator Fritzen já atuou na DM9DDB, Leo Burnett e Lew’Lara\TBWA. Antes de chegar à Ogilvy Brasil, em 2014, estudava cinema na NYFA, em Nova York.  O diretor de arte Silvio Medeiros atuava na Heads São Paulo e também tem passagens por FCB, JWT e Fischer. A Ogilvy SP vai manter por enquanto os trabalhos de Criação na mão de um time de diretores formado também por Rodrigo Lugato, Gonzalo Ricca, Rafael Donato, Charles Cruz, Eduardo Doss, Michel Neuhaus e Miguel Genovese. Fernando Musa já trabalha para identificar no mercado profissionais que possam a assumir tanto a vice-presidência quanto a diretoria executiva de Criação.

Antonio Batista, que ocupava o cargo de diretor geral de Criação no escritório de Brasília da nova/sb, assume a vice-presidência da área e passa a comandar também as unidades de São Paulo e Rio de Janeiro. A mudança decorre da saída do diretor executivo de Criação, Ricardo Furriel, após seis anos na agência e baseado em São Paulo. Batista participou de todas as grandes e recentes campanhas para a CAIXA, Sebrae, BNDES e Secom. “Neste momento da minha carreira buscava novos desafios, e sem dúvida esse é um grande desafio”, comenta o profissional. Em sua carreira, o criativo foi diretor da Caio Domingues e atuou também por agências como DPZ, Proeme e Standard, Ogilvy & Mather. Com mais de 40 anos de carreira, Batista foi um dos fundadores do Clube de Criação de São Paulo. Entre seus trabalhos de sucesso destaca a criação do personagem Bond Boca, do enxaguante bucal Cepacol, no Brasil marca do laboratório Sanofi Aventis. “O Batista é sem dúvida um dos maiores conceituadores da publicidade brasileira. E faz isso com muita criatividade”, justifica Bob Vieira da Costa, sócio-diretor da nova/sb.

Conforme informações obtidas no mercado, Ricardo Furriel, diretor executivo de Criação da Nova/SB de Bob Vieira da Costa e Antonio Calil Cury,  está deixando a agência após seis anos. O sentimento de colegas do criativo supõe que ele pretende seguir novos caminhos na profissão e que estaria desgastado com o trabalho de comunicação de contas públicas. Com escritórios em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, a agência tem entre seus clientes a prefeitura paulistana, Secretaria de Comunicação do governo federal, Metrô de São Paulo, governo do Rio de Janeiro, Caixa e BNDEs, além das contas privadas do laticínio Piracanjuba, Unicef e shopping Vila Olímpia. Ricardo Furriel iniciou sua carreira na Standard Ogilvy & Mather, nos anos 80, e atuou também na Fischer & Justus e Publicis, onde ficou 8 anos. Com projetos próprios de criação de roteiros e empresa de Conteúdo, Furriel deixa na Nova/SB uma equipe criativa que tem como diretores Zoca Moraes e Hermes Zambini. Entre os trabalhos que comandou na agência destacam-se campanhas para a Organização Mundial da Saúde contra o hábito de fumar, exibida em 28 países,  e a favor da doação de sangue. Na área pública, criou o Homem Faixa, para a prefeitura da capital paulista, que diminuiu sensivelmente os acidentes de trânsito envolvendo pedestres.

Fernando Musa não precisou de mais de duas semanas para encontrar o substituto de Anselmo Ramos quando o grupo Ogilvy decidiu transferi-lo para a sede da David, em Miami. Na metade de abril do ano passado, Arício Fortes, então na Africa, assumia a vice-presidência de Criação da Ogilvy Brasil. Tarefa difícil considerando-se que Anselmo é considerado o profissional  de maior destaque na área nesta década. Entre 2010 e 2014 sua equipe conquistou mais de 100 Leões em Cannes com cases campeões para Dove. GRAAC e Hemoba, entre outros. Em pouco tempo, porém, Arício também mostrou porque foi o escolhido. Apontado com um dos criativos mais inovadores do mercado nacional, chegou à Ogilvy apresentando o comercial “Chaplin”, uma obra de arte para a Claro. Logo depois, já com a companhia do antigo parceiro de ABC, Paulo Coelho, que levou para Ogilvy em janeiro, não só ajudou a agência a vencer a concorrência pela conta da OLX, como também incrementou a comunicação da marca e a colocou entre as preferidas do público com sua nova e bem humorada campanha. Agora, um ano e meio depois, ele troca o projeto de Fernando Musa por uma reestruturação no comando da DM9 DDB, dividindo a vice-presidência de Criação com Marco Versolato. Essa mudança representa o retorno do profissional ao ABC, onde iniciou sua primeira passagem em 2005 pela mesma DM9. Em 2010 voou para San Francisco para atuar na Pereira & Dell e voltou ao grupo em 2012 para assumir uma diretoria criativa na Africa, onde ficou até o convite de Musa. Coelho continua na Ogilvy por enquanto como diretor executivo de Criação em São Paulo. Marco Versolato comemora a chegada de Arício à DM9 para incrementar o formato parceria estratégica que lançou para atender plenamente os clientes. Musa, com certeza, vai ter nova missão para encontrar um criativo do mesmo nível de Anselmo e Arício.

Criada em 1993 e durante seus 22 anos de vida transformada na agência brasileira mais premiada em festivais internacionais, a Almap BBDO anuncia a saída de seus sócios-fundadores Marcello Serpa e José Luiz Madeira. Há pouco mais de dois anos, como chairmen de uma das agências mais premiadas do mundo, ambos começaram a preparar sua sucessão entregando o comando das operações executivas para o criativo Luiz Sanches, Cintia Gonçalves e Rodrigo Andrade, que se tornaram sócios. “Sempre soubemos que esse dia chegaria. Felizmente, acreditamos no planejamento de sucessão e fomos capazes de nos preparar durante os últimos anos. Não há qualquer maneira de substituir o impacto e as contribuições que Marcello e José Luiz tiveram no mercado publicitário brasileiro e, em particular, na BBDO.

A criatividade e liderança de ambos têm sido lendárias e deixarão uma marca nas próximas gerações de publicitários ao redor do mundo”, afirma Andrew Robertson, presidente e CEO da BBDO Worldwide. Serpa e Madeira iniciaram o projeto da nova Almap, comandado na época por Alex Periscinoto, ao lado de Alexandre Gama, hoje sócio, CEO e CCO da Neogama BBH. A Almap foi eleita Agência do Ano no Festival de Cannes por três vezes e, também por três anos, liderou o ranking do The Gunn Report como a mais premiada agência do mundo. Figurou no topo da lista do FIAP por sete vezes. Marcello Serpa também é o criativo latino-americano mais premiado do mundo.”Quando José Luiz e eu nos associamos à AlmapBBDO queríamos duas coisas: criar o melhor trabalho do mercado e continuar nos divertindo enquanto fazíamos isso. O fato de nossa agência ter alcançado o nível de sucesso que ela tem indica que chegamos lá. Ao mesmo tempo conseguimos atrair o melhor grupo de pessoas com que uma agência poderia sonhar. Agora temos certeza de que a equipe vai continuar com o mesmo padrão de criatividade”, diz Serpa. “Ao longo dos anos, aprendemos que realmente vale a pena pensar antes de fazer. Você pode verificar isso na qualidade do nosso trabalho. Nós também aprendemos que o timing pode ser a chave para o sucesso e isso inclui saber quando é o momento certo para passar o bastão”, completa Madeira.

Depois de pular da 23ª posição no ranking de 2014 para o 16º posto no primeiro semestre deste ano, a Heads volta a investir na sua agência de São Paulo, maior mercado do país. Maior agência independente de capital 100% nacional, a Heads visa aumentar a participação do escritório paulista em sua receita, da qual representa hoje algo em torno de 20%. Para tanto, entregou o comando da agência a Erick Machado, que deixou a Talent após 9 anos onde exerceu os cargos de diretor de Contas e vice-presidente de Atendimento. O novo VP da Heads SP, como profissional associado, terá a missão de aumentar a carteira de clientes da agência. Atualmente, dos 28 clientes de iniciativa privada da agência, apenas 6 tem sua sede em São Paulo. Maior escritório da Heads, o Rio de Janeiro responde por 13 dessas contas, além de Caixa e Petrobras. Brasília vem a seguir, onde se baseia a Caixa Seguradora, companhia privada resultante da parceria entre a francesa CNP Assurances e a Caixa Econômica Federal. Fundada em Curitiba há 25 anos por Claudio Loureiro e José Buffo, a Heads voltou a ser independente após associações com o grupo Total, de Eduardo Fischer, e Young & Rubicam. “O Erick terá uma participação efetiva nos resultados e acreditamos em seu potencial para crescer em São Paulo”, afirma Loureiro. Com 20 anos de experiência no mercado, Machado já atuou em anunciantes como Perdigão,Colgate e Kaiser, e em agências como Y&R e Grey, além de Talent.

O acordo de compra de 23,85% de suas ações pelo grupo ABC não inclui cláusula de não competência. Ou seja, a partir de 2 de janeiro de 2016 Celso Loducca pode, se quiser, abrir uma nova agência de publicidade. Desde que, por 12 meses, não contrate ex-funcionários ou leve clientes da empresa onde permanecerá até o final deste ano. Mas esse parece ser o caminho menos provável para o futuro do criativo. Nos últimos meses, quando começaram a ser publicadas notas sobre sua iminente saída da sociedade com a holding de Nizan Guanaes e Guga Valente, Celso recebeu algumas sondagens para comandar empresas de outros segmentos. “Há 20 anos, desde a fundação da Lowe Loducca, me tornei presidente e deixei o comando da Criação para o Guga (Ketzer). Tenho duas décadas de experiência, maturidade e competência para dirigir qualquer empresa, montar um time criativo e atingir objetivos”, diz ele, propenso a pensar muito nessa ideia. A nova agência que também deve mudar de nome para liberar a grife Loducca para outros empreendimentos, continuará a ter um presidente criativo, em sintonia com seu DNA. Guga Ketzer, por indicação dos outros sócios, André “PB” Paes de Barros, Daniel Chalfon e Ken Fujioka, assume o comando a partir desta quarta-feira (19), iniciando o processo de transição junto a Loducca. Ronaldo Severino, CFO, torna-se vice-presidente da agência. Conforme explicou Guga Valente, presidente do grupo ABC, houve uma redistribuição de ações a partir da compra da parte acionária de Celso Loducca. A holding, que já detinha 51%, aumentou sua participação, assim como os outros componentes da sociedade. Ketzer, o novo presidente, praticamente iniciou sua carreira na Loducca, há quase 17 anos. Durante esse período, além dos muitos troféus conquistados em festivais internacionais, também recusou várias propostas para mudar de empresa. “Eu sempre acreditei no projeto, desde o início. Não sabia onde iria chegar mas confiei na palavra do Celso que sempre dizia que iríamos conversar mais pra frente”. Como presidente, Guga vai deixar a coordenação criativa aos quatro diretores da área: Cássio Moron, Fábio Saboya, Sergio Mugnaini e Raphael Franzini. A Loducca, que fechou 2014 na 18ª posição do ranking brasileiro de agências, com investimento em mídia de R$1,4 bilhão em valores de tabela, tem entre seus clientes marcas como Ambev, Leroy Merlin, Nextel, L’Occitane, Pepsico, Santander, Bayer Healthcare, GVT, TV Record, Red Bull, Unidas Rent a Car e Fox Channels e Film.

Jurado do Film Lions no Festival de Cannes de 1995, Celso Loducca abriu sua própria agência logo depois do evento, em sociedade com o presidente daquele júri, Frank Lowe. O mercado também apostou que havia um terceiro sócio naquele negócio, Nizan Guanaes, fundador e hoje chairman do grupo ABC, que detém o controle acionário da agência. A parceria Lowe  e Loducca já indicava que aquela seria uma empresa diferenciada na propaganda brasileira. Afinal, foi a única edição do Cannes Lions que não elegeu um Grand Prix entre os comerciais concorrentes. Vinte anos depois, Celso Loducca deve anunciar sua saída da agência que ainda mantém seu nome, embora nos últimos anos ele tenha tentado mudar essa marca. Ex-Hare Krishna e ex-professor de Química em cursinhos pré-vestibulares, Loducca nunca se preocupou em ser o único destaque de trabalhos de sucesso. Foi assim com o premiado comercial “Ladrão”, que viu ser reprovado pela Phillips quando era redator na Standard Ogilvy & Mather e que conseguiu realizar na Young & Rubicam, para a Philco. O filme integrou o portfólio de quatro novas agências em 95 e ninguém conseguia definir seu verdadeiro autor. Nesta quarta-feira (19) ele deve entregar a presidência de sua agência para um criativo há anos em sua companhia e quem ele preparou para a missão. Guga Ketzer, que assina praticamente todas as inovadoras e premiadas ações da agência vai assumir o comando tendo ao seu lado os outros sócios minoritários do negócio: André “PB” Paes de Barros, Daniel Chalfon e Ken Fujioka. No último sábado (15) Celso Loducca, sócio da Casa do Saber, recebeu seu último prêmio como presidente de sua agência. Ele foi um dos três Ícones da Propaganda homenageados no Fórum de Marketing Empresarial do Lide, grupo Doria e Editora Referência, ao lado de Júlio Ribeiro e Luiz Lara.

Há pouco mais de um ano no cargo, Carlos Domingos está deixando a agência e o posto de presidente da McGarry Bowen São Paulo, integrante do grupo internacional Dentsu Aegis Network. Domingos, com Ana Lúcia Serra e Tomás Lorente, já falecido,foi um dos fundadores da agência que começou como Age em 1999 e depois adicionou o sobrenome Isobar antes de assumir a marca McGarry Bowen em junho do ano passado. Assim como Ana Lúcia ele não tem mais participação na sociedade desde a conclusão da compra da agência pelo grupo Dentsu Aegis. Seu contrato como presidente executivo acaba de se encerrar e não houve intenção de renovação de ambos os lados. A rede, que opera escritórios em Nova York, Chicago, Londres, Xangai e Dusseldorf, procura um criativo de origem para assumir seu comando. Valdir Bianchi, que chegou em março deste ano da Mood e assumiu a vice-presidência de Criação da McGarry, deve continuar no mesmo cargo. A agência compõe o grupo Dentus Aegis Brasil com Agência Click Isobar, Lov, Dentsu, iProspect e NBS. O redator Carlos Domingos começou sua carreira na PA Propaganda, passou pela JWT, WBrasil e MPM antes de consolidar sua trajetória premiada na DM9, a partir de 94. Ele se despede da agência nesta terça-feira (18). Abel Reis, CEO daDentsu Aegis Network Brasil, assume o processo de sucessão na presidência da McGarry Bowen Brasil junto com Gordon Bowen, fundador, CEO e CCO da rede de agências. Ele também passa a responder temporariamente pela gestão da agência, em parceria com Fabio Saad (Mídia), João Binda (Operações), Luciana Musa (Atendimento e Planejamento) e Valdir Bianchi (Criação). Se não houver mudança de planos, Carlos Domingos deve passar uma temporada com a família em Londres, onde pretende realizar cursos e escrever novo livro.