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“LET HER RUN” É O GRAND PRIX DO CÍCLOPE

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Um impressionante teste de gênero realizado pela então Associação Internacional de Federações de Atletismo, atual World Athletics, nos anos 60, é o tema do filme “Let Her Run”, criado pela Africa para o SporTV e produzido pela Santeria, que acaba de conquistar o Grand Prix do Cíclope Latino.

O filme representa o movimento de combate a discriminação nos esportes e trata do constrangedor  teste de feminilidade dos Jogos Olímpicos.

O Ciclope Latino é a primeira premiação latino-americana totalmente dedicada à arte do cinema em publicidade e destaca a execução das peças.

Além dessa conquista, a Africa também foi eleita Agência do Ano do Ciclope Latino 2021.  A agência também teve vários trabalhos finalistas, entre eles “Refugee Tree”, projeto feito para a ONG Climate Reality Brasil. Produzido pela Hungry Man e dirigido por JC Feyer, o filme denuncia o risco de vida diante da devastação e exploração descontrolada das florestas no Brasil ao mostrar a jornada de uma árvore cuja espécie está ameaçada de extinção, o Jatobá, que decide pedir refúgio em embaixadas de países estrangeiros por estar correndo perigo em seu território de origem. 

“É muito gratificante ver a reação dos jurados em relação ao nosso trabalho e, principalmente, em perceber o alto nível de qualidade da produção brasileira contemporânea e seu destaque em toda a América Latina”, diz Rodrigo Ferrari, Diretor de Produção da Africa e jurado nesta edição do Ciclope Latino.

Let her run” nasceu a partir da mudança das regras promovida em maio de 2019 pela a World Athletics, que estabeleceu novos limites para os níveis de testosterona em atletas do sexo feminino.

O limites de 10 nmol / L (nanomol por litro) foi diminuído para 5 nmol / L, fazendo com que muitas mulheres não se qualificam mais como atletas do sexo feminino. O filme “Let Her Run”  é baseado no dramático teste de sexo na vida real na década de 60 chamado de “nude parades”, pelo qual atletas passaram para provar que eram realmente mulheres.  

“Quando recebi o roteiro do filme “#LetHerRun” da agência Africa, vi a oportunidade de contribuir com tudo que a Santería e eu acreditamos dentro do processo criativo e de produção de um filme, seja na pesquisa do casting, da locação, da fotografia, da dramaticidade do roteiro e da verdade nua e crua da história,  trazer isso para as telas através de uma atuação forte e real é uma combinação que me motiva como diretor e faz eu me entregar ao storytelling”, diz Damy.

A Santeríat em como foco se tornar referência no país quando se pensa em filmes publicitários de qualidade criativa, seja qual for o formato. Seu compromisso é com o produto criativo que chega vindo das agências, consultorias ou qualquer outro parceiro estratégico das marcas. Criada no final de 2020, pelo premiado diretor de criação Felipe Luchi junto aos sócios Roger Garcia e Emerson Souza, em associação ao G8 Group, comandado pelo CEO Edgard Soares Filho, conta com uma estrutura que lhe permite ser muito mais do que uma butique. Dedica-se ao trabalho em parceria com os criativos e marcas, para que os filmes causem o máximo de impacto, frescor e memorabilidade.

“Esse Grand Prix é o reconhecimento não só de um filme mas de todo um pensamento que temos como produtora. O cuidado, o comprometimento e a colaboração com os criativos para chegarmos em um resultado extraordinário está no DNA da Santería. O que fizemos nesse projeto é justamente o que buscamos fazer em todos os outros para os quais somos procurados. Esse Grand Prix é só o começo”, afirma Luchi.

A criação é de Nicholas Bergantin, Rodrigo Adam, Pedro Galdi e Maso Heck, com direção criativa de Matias Menendez e direção geral de Sergio Gordilho.

Com fotografia de Guilhe Muse, o filme dirigido por Rafa Damy teve produção executiva de Edgard Soares, Felipe Luchi e do próprio Damy. Áudio da Cabaret, com música de Guilherme Azem e produção de Mauro Kuschnir.