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JUNTAS ELAS PODEM TUDO

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O coletivo I Hate Flash, que começou com um grupo de fotógrafos e se tornou uma produtora de conteúdo, lança nesta terça-feira (8) o documentário “Juntas”, que mostra o trabalho realizado exclusivamente por 14 mulheres do audiovisual na cobertura de um evento feminino.

A produção foi realizada no início de março, antes da declaração da pandemia da Covid-19, durante o Festival GRLS!, encontro sobre empoderamento feminino e da comunidade LGBTQIA+, no memorial da América Latina, em São Paulo.

Esse já era um projeto do I Hate Flash, empenhado em fazer a cobertura de fotos e vídeos de um festival com uma equipe 100% feminina. Foram meses de pesquisa, reuniões e apresentações para que cada detalhe ficasse perfeito.

A experiência resultou no documentário, com objetivo de mostrar que as mulheres podem quebrar barreiras no mercado audiovisual. A diretora criativa do IHF, Clarissa Ribeiro, foi a responsável por assegurar que a identidade do coletivo estivesse presente no produto entregue. “A gente consegue ver como um trabalho feito exclusivamente por mulheres é rico, plural, original”, diz.

De um coletivo de fotografia documental, autoral e segmentada, o I Hate Flash partiu para se tornar uma empresa com mais de 30 profissionais. Focada em conteúdo, realiza cobertura de grandes eventos e festivais como Rock in Rio e Lollapalooza para marcas como Nike, Adidas, Puma, Skol, Heineken, Grendene e Coca-Cola, entre outras.

“Juntas”, mostra os bastidores da entrega do material audiovisual, praticamente simultânea, que acontece durante o festival. “Tudo é feito em conjunto, com muita conversa, para entender quais profissionais se identificam com cada show ou artista. Assim, elas conseguem refletir a emoção no trabalho, na entrega da experiência de quem realmente viveu aquilo”, explica Carol Caddeo, coordenadora de produção do IHF.

Durante anos, a cinegrafista Karen Carvalho foi a única mulher a participar de coberturas de festivais pelo país e expressa a sensação de não se sentir mais só.

“Olhar para o lado e não ver outra de você é muito doloroso. É muito gratificante não ser mais a única mulher e, principalmente, não ser mais a única negra”, comenta a profissional. “É nesse caminho que o I Hate Flash quer seguir, organizando e se estruturando para conseguir cada vez mais espaços como esse ocupados por mulheres tão capazes e talentosas”, afirma.

Assista abaixo o trailer do documentário que estará oficialmente no canal oficial do I Hate Flash no YouTube nesta terça a partir das 19 horas.