Entrevista

ÚLTIMOS A ENTRAR, ÚLTIMOS A SAIR

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Quintela: nada está acima da saúde

O Brasil foi um dos últimos países a entrar na crise da pandemia da Covid-19 e, consequentemente, também será um dos últimos a sair. Infelizmente.

A constatação é de Marcos Quintela, CEO do grupo VMLYR e vice-presidente da Abap, que espera uma melhora de desempenho do mercado publicitário a partir de outubro e prevê o próximo ano ainda difícil, mas de recuperação.

Mas mesmo preocupado com o negócio das empresas que comanda, reforça que o ponto principal e prioritário é a segurança e a saúde dos seus colaboradores, clientes e fornecedores. “Nenhum outro ponto fica acima disso”, afirma.

Nesta entrevista, Quintela, que tem sob sua responsabilidade a agência que há quase 20 anos lidera o ranking brasileiro do setor, fala da situação atual e da expectativa do mercado sobre o futuro de uma das atividades mais importantes do país.

A diminuição de receita das agências no Brasil diante da pandemia também reduziu seus tamanhos na mesma proporção?

Depende de cada agencia, pois o modelo de remuneração, que gera o valor real de receita, varia muito de uma para a outra. Mas mesmo assim em diferentes proporções. Sim. todos os números diminuíram significativamente,. tanto de compra de mídia, faturamento e consequentemente da receita também.

Como a maior agência do país está se adequando à nova situação? 

Estamos buscando nos adaptar o mais rápido possível em todas as frentes ao mesmo tempo, atendendo o cliente na velocidade e na qualidade que ele demanda. Sempre tentando também equilibrar a parte financeira da própria agência. Mas o ponto principal e prioritário pra nós é segurança e a saúde dos nossos colaboradores, clientes e fornecedores. Nenhum outro ponto fica acima disso.Posso afirmar que estamos tendo muito sucesso com todo esse processo de adaptabilidade. Aprendendo e executando algo novo todos os dias.

Como VP da Abap, qual sua expectativa para a aprovação do protocolo de retomada do negócio?

Essa retomada não dependerá tão somente de qualquer liberação pública, seja municipal, estadual ou federal. A maioria das agências tem diretrizes, local e global, que também devem ser seguidas como o protocolo “máximo”. Óbvio que após as devidas aprovações dos órgãos competentes do nosso país. segurança e respeito a vida humana acima de tudo. Nosso setor permanece aguardando.

O negócio já foi perdido em 2020? Qual a sua previsão para a publicidade em 2021?

O negócio foi significativamente diminuído em 2020, perdido não. Temos esperança que no último trimestre desse ano as coisas tanto na saúde como na economia melhorem bem para termos um 2021 difícil, mas de recuperação. Só temos que cuidar das pessoas e torcer para que a ciência nós presenteie com uma vacina o quanto antes. E vida que segue, “difícil”, mas tem que seguir.