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TUDO MUITO RÁPIDO

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Marcia: plano de contingência

Marcia Esteves assumiu o comando da Lew’Lara/TBWA, como partner & CEO, em dezembro passado. Esperou o início de 2020 para iniciar efetivamente a presidência da agência, anunciando algumas medidas que fazem parte do seu plano de ação.

Dois meses depois, ela, o Brasil e o mundo tiveram que mudar radicalmente seu comportamento.

Para tudo, muda tudo, e agora? Pior é ninguém ter a resposta para o terrível momento por que passamos. Como agir então? As lideranças são responsáveis pela condução das empresas.

“Ser presidente de agência já é, naturalmente, muita responsabilidade, é uma posição que influencia muita gente e tem um peso muito grande na vida de outras pessoas. São aproximadamente 300 profissionais em linha direta, e, claro, suas famílias, clientes, além do meu papel de cidadã e o cuidado com os meus amigos, agregados, minha família e nossas relações imediatas, em extensão exponencial”, diz Marcia.

Como gestora de um negócio, ela foi estudar e a agência montou um plano de contingência, mantendo a operação funcionando de forma segura para a equipe e que não prejudicasse as entregas para os clientes.

“Como cidadã, me senti na obrigação moral de lançar um apelo à empatia, por meio de um apelo no Linkedin, e o qual reflete bem o que foi, no plano pessoal, enfrentar essa situação”, desabafa.

Assim como a maioria das agências do país, a Lew’Lara/TBWA também adotou o Home Office no início da propagação da epidemia no país, colocando em 16 de março toda a operação de forma remota.

Sobre a questão financeira, Marcia informa que a agência está reduzindo todas as despesas e custos não vitais e fazendo a cadeia produtiva girar da melhor forma possível.

E o que a Lew’Lara está fazendo para conscientizar a população sobre a necessidade de isolamento?

“Estamos transitando ideias, e não pessoas. Esse passou a ser nosso lema, a ordem do dia. Estamos trabalhando com nossas marcas, levando informação diária e ideias para que através delas, possamos apoiar a sociedade a atravessar este momento”, responde.

Como todos, sem poder avaliar o real tamanho da crise, ela tem certeza, porém, de que a retomada virá.

“Crises são inerentes ao mercado, aqui entendido como todo o mercado econômico-financeiro, e não apenas o de comunicação. Não temos outra alternativa como sociedade. O mercado e o dinheiro que o alimenta são responsáveis pela troca de bens, serviços e insumos. Enquanto houver sociedade, haverá mercado econômico-financeiro. E o mercado de comunicação é vital para essa estrutura”, conclui.