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PRIVATIZAÇÃO VAI MODERNIZAR O PACAEMBU

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Em abril do próximo ano o estádio do Pacaembu completará 80 anos já sob a gestão do consórcio Patrimônio SP, que conquistou a concessão do complexo por 35 anos a um custo de R$ 115,4 milhões. O prefeito Bruno Covas assinou o contrato nesta segunda-feira (16), garantindo gratuidade à população da prática de todas as atividades esportivas lá realizadas.

O palco do futebol receberá todas as modificações exigidas para a sua modernização e conforto para 40 mil torcedores, embora em sua inauguração tenha recebido 50 mil  além do então presidente da República Getúlio Vargas, o governador e o prefeito de São Paulo na época, respectivamente Adhemar de Barros e Prestes Maia.

O projeto visa facilitar todo o processo de marketing que o consórcio deverá elaborar para garantir a receita e o retorno de seu investimento, além é claro do aluguel do estádio para jogos de futebol e eventos.

Em 28 de abril de 1940 Zequinha do Coritiba marou o primeiro gol no estádio em jogo contra o Palestra Itália. Foi lá que Pelé marcou 115 dos seus 1281 gols. O Pacaembu já recebeu jogos da Copa do Mundo, em 1950 e em 61 ganhou o nome de Paulo Machado de Carvalho, o marechal da vitória da Copa de 58 na Suécia.

Um dia o estádio, ainda com sua velha arquibancada abaixo da Concha Acústica, chegou a registrar 71.281 espectadores em um São Paulo 3 x 3

Decretado como patrimônio histórico da cidade de São Paulo em 1994, agora, 25 anos depois, passa para a gestão privada.

“Não haverá mudanças em relação a situação atual tanto na disponibilização dos equipamentos para a Secretaria de Esportes quanto para população”, disse o secretário do Governo Municipal, Mauro Ricardo.

O Consórcio Patrimônio SP é formado pelas empresas Progen- Projetos Gerenciamento e Engenharia e Savona Fundo de Investimento em Participações.

“Teremos um estádio mais moderno e com uma administração mais ágil, sem as dificuldades que a legislação coloca ao poder público para qualquer compra que se faça necessária para sua perfeita operação”, explicou o prefeito Bruno Covas.

Esse é o segundo contrato de concessão assinado pela Administração, após um longo processo de licitação. O primeiro foi o do Mercado Santo Amaro, em agosto. O Plano Municipal de Desestatização (PMD) é coordenado pela Secretaria do Governo Municipal (SGM), em parceria com a secretaria envolvida no processo, como neste caso com Secretaria Municipal de Esportes;

O consórcio deverá modernizar, melhorar a gestão, operação e manutenção do complexo. Além de investir na infraestrutura, nas instalações, bem como, na acessibilidade, na sinalização e comunicação visual, nos sistemas elétricos, hidráulicos, de telecomunicações ar condicionado e iluminação.