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QUEM (AINDA) TEM MEDO DO STREAMING?

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Vergeiro: questão de tempo

Com apoio total dos anunciantes, que chegam a economizar 80% do dinheiro gasto com entrega de material físico de veiculação na TV, o streaming de mídia já atinge 40% do fluxo publicitário no país. O modelo chegou ao Brasil oficialmente no início de 2012, através da Rede Record, com plataforma da Zarpa Media. Atualmente, todas as emissoras, de sinal aberto e por assinatura, também apoiam integralmente o processo, que não exige custos, a não ser na capacitação de suas exibidoras. A Globo, entretanto, está alertando suas afiliadas que, a partir de 2016, só aceitará a exibição de material transmitido através desse modelo de fluxo publicitário. Lançada no Brasil em fevereiro de 2012, a inglesa Adstream conquistou o mercado nacional e hoje lidera o segmento com 70% de participação. Consolidada em todo o mundo, a empresa atua com 42 escritórios e tem 20 mil destinos conectados digitalmente. No Brasil, entre seus 425 destinos, além das TVs atende também salas de cinema, mídia out of home, portais de Internet e sistemas de vídeos de bordo de companhias aéreas.  A Zarpa, que se uniu à chilena A+V, líder do setor na América Latina, detém uma fatia de 25%. Os 5% restantes estão com a sueca AdToox, cuja pequena participação deve-se principalmente à falta de infraestrutura no país e a dificuldade das empresas brasileiras resolverem seus problemas em Estocolmo. A parcela maior de 60% de entrega física de materiais representa, basicamente comerciais da área de Varejo. Agências e os anunciantes desse setor ainda confiam mais na entrega em mãos, com receio de que seus comerciais, geralmente finalizados em cima da hora, repletos de ofertas e segredos promocionais, podem não ir ao ar em razão das regras de prazo que o sistema de streaming exige. “Mas estamos sempre trabalhando para evoluir o sistema e poder atender todo o mercado. Nossa tecnologia é garantida, simples e não exige investimento dos parceiros. É só uma questão de tempo”, diz Celso Vergeiro, CEO da Adstream Brasil. Ele inclusive comemora a diminuição da resistência ao modelo por parte das produtoras. “No início elas conseguiam enxergar apenas a perda da receita que obtinham com a geração de um grande volume de cópias. E isso, agora, é cada vez mais desnecessário”, completa.