Polêmica

BANCO DA AMAZÔNIA REVOLTA AGÊNCIAS

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Honorários de 2%, podendo chegar a zero, sobre custos de produtoras ou gráficas. Desconto mínimo de 40% sobre serviços internos tabelados. Devolução de 25% da remuneração paga por veículos de comunicação. Além disso, operar um núcleo de mídia fora da agência e, como é praxe do cliente, disputa por cada job. Essas são as regras da concorrência promovida pelo Banco da Amazônia para a escolha de duas agências que irão dividir sua conta publicitária de R$ 8 milhões anuais por quatro anos, a partir de janeiro de 2014. Foram também o motivo de anúncio veiculado nesta terça-feira (3) e assinado por 17 empresas de publicidade do Pará, justificando sua ausência do processo. A concorrência só atraiu duas agências paraenses: a Vanguarda e a DC3, uma das atuais donas da conta junto com a OMG. E mais a Focus do Maranhão. Entre as signatárias da peça estão agências reconhecidamente competentes, tradicionais e premiadas do Pará, como Galvão, Mendes e Griffo. Diante da perspectiva de uma operação deficitária, as maiores agências de Belém pediram a intervenção da ABAP local e Sinapro Pará. As duas entidades, apesar de insistentes pedidos, não tiveram suas ligações telefônicas atendida pelo Banco da Amazônia. A instituição recusa-se a rever os itens criticados que, segundo sua direção, estão de acordo com a prática de empresas governamentais. São as mesmas regras estabelecidas pelo Banco do Brasil, com uma pequena diferença: a verba do BB é R$ 500 milhões. Também insiste que o edital de concorrência foi revisado e avalizado pela Secom, em Brasília. A polêmica inclusive coloca como antagonistas dirigentes locais, como Pedro Galvão, da Galvão Propaganda, diretor  ABAP Nacional, e Celio Sales, presidente da ABAP Pará e sócio da DC3, uma das atuais agências do banco.