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TUTSSEL AVALIZOU “MEU SANGUE” EM CANNES

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Jahara: case real e com resultados

Há pouco mais de um mês, já como case brasileiro mais premiado do Fiap, em Miami, “Meu Sangue é Rubro Negro” ameaçada sua trajetória vitoriosa em festivais internacionais. Hoje, no segundo dia do Cannes Lions, acumula à sua galeria 4 Leões, dois deles de Ouro e mais um par de Prata. Essas conquistas devem-se a Mark Tutssel, cco worldwide da Leo Burnett. Consultado pela agência brasileiro, Tutssel determinou que o trabalho deveria sim concorrer em Cannes e desconsiderou a denúncia apresentada durante o Festival Ibero Americano de la Publicidad pela espanhola Netthink Isobar. Na ocasião, alegou-se plágio do case “El Poder de la Roja”, criado por aquela empresa para a Cruz Vermelha em parceria com a Adidas. Se a idéia central é a mesma, retirando-se o vermelho de uma camisa de futebol e devolvendo a cor conforme a evolução da doação de sangue, suas realizações foram completamente diferentes. Na reunião com o comando criativo mundiael da Leo Burnett, os profissionais da brasileira Tailor Made ouviram de Tutssel praticamente a mesma justificativa dada pelo presidente do júri do Fiap, Toni Segarra. Ambos entendem que são cases distintos e que o trabalho da Leo Burnett do Brasil é completo, integrado e real, desenvolvido dentro de campo, enquanto o espanhol foi apenas um outdoor instalado no centro de Madri pintado de vermelho. O detalhe é que Segarra é espanhol e também desconsiderou a denúncia de seus conterrâneos.  Guilherme Jahara, criativo e diretor de Criação do trabalho em parceria com Marcelo Reis, diz que a Leo tem a consciência absolutamente tranquila com relação ao fato. Claro que tirar o vermelho de uma camisa e devolvê-lo aos poucos a partir de um programa de doação de sangue é um ideia que pode surgir em várias partes do mundo considerando-se a motivação, o cliente e a convocação de uma torcida de futebol. “Mas nós fomos fundo, botamos o time em campo com vários tipos de camisa com apoio da Penalty, fizemos uma campanha realmente integrada, com peças impressas, vídeos, etc”, diz Jahara. Ele lembra ainda que achou estanha a denúncia espanhola depois do case “Meu Sangue é Rubro Negro” ter sido premiado no One Show, D&AD, Clio, Andy Awards, El Ojo e Fiap. Só neste último, no início de maio em Miami, ganhou GP de Promo, Sol de Platino, prêmio máximo e único em Campanhas Integradas, Melhor trabalho em Bem Público na Copa Iberoamerica, além de Ouro em Inovação, Efetividade e Relações Públicas. “Eu não conhecia o case espanhol, mesmo que ele tenha sido desenvolvido em 2010 para a Copa da África. Parece ter sido algo local, já que a comunidade internacional não tem conhecimento nem registro desse trabalho. Com aval do Tutssel trouxemos nosso case para Cannes e o resultado está aí. Já são 4 Leões”. Jahara também diferencia os trabalhos pelos resultados apresentados. “Não sei o que o outdoor espanhol proporcionou. Nosso case posso dizer que aumentou em 50% o volume de sangue doado na Bahia, levou mais torcedores ao estádio, ampliou o recall da marca do time e até, pela motivação, acredito que tenha sido grande responsável pela volta do Vitória à Primeira Divisão do Brasileirão”, concluiu.  E você, o que acha dessa polêmica? VOTE NA ENQUETE AO LADO.