Polêmica

GOVERNO DE SÃO PAULO CONTRARIA LEI

Publicado em
Paulo Gomes: agência não pode ceder direito do outro

Em discordância com a lei 6.533 que regula a atividade de artistas e técnicos de espetáculos, o que vale para profissionais que atuam na publicidade, o governo do Estado de São Paulo está  descumprindo o Direito Autoral. Produtoras de Áudio vêm recebendo pedidos de orçamento para trabalhos encomendados pela Casa Civil com a obrigatoriedade de custo zero para direitos na renovação de contrato para reveiculação de peças. Segundo informações, a regra foi instituída unilateralmente pelo governo para as agências que atendem a sua conta institucional. Esse item, porém, não constava em edital de concorrência. A licitação, encerrada em janeiro deste ano, nomeou como agências dessa conta a Propeg, Lua Propaganda e Mood. “As agências são como o marisco, estão entre o rochedo e o mar”, exemplifica Paulo Gomes, advogado da ABAP, Aprosom e Abrafoto, entre outras entidades do mercado. “Mas o governo está evidentemente cometendo uma irregularidade e o Fórum da Produção Publicitária, que congrega as associações da atividade, já se movimenta para pedir uma audiência com o chefe da Casa Civil Paulo Aguado e o subsecretário de Comunicação Marcio Aith para esclarecer o assunto. Segundo Paulo Gomes, essa questão já estava resolvida há dez anos e voltou à tona há cerca de um mês. “A agência não pode ceder ao cliente, no caso o governo estadual de São Paulo, um direito que não é dela. Mas, por imposição, acabam tentando negociar o menor custo e chegam a 0%, repassando pagamento do direito autoral às produtoras”, diz o advogado. Vencedoras da concorrência pública, as agências acabam aceitando as regras e incumbem-se de penalizar os fornecedores, que por lei são obrigados a remunerar autores, músicos, atores, modelos e locutores. Atualmente, embora não pague 100% dos direitos autorais, o governo federal celebrou acordo com o mercado e remunera 10% do valor do comercial e 70% do valor da peça de áudio em casos de renovação.

on GOVERNO DE SÃO PAULO CONTRARIA LEI

Polêmica

BANCO DA AMAZÔNIA REVOLTA AGÊNCIAS

Publicado em

Honorários de 2%, podendo chegar a zero, sobre custos de produtoras ou gráficas. Desconto mínimo de 40% sobre serviços internos tabelados. Devolução de 25% da remuneração paga por veículos de comunicação. Além disso, operar um núcleo de mídia fora da agência e, como é praxe do cliente, disputa por cada job. Essas são as regras da concorrência promovida pelo Banco da Amazônia para a escolha de duas agências que irão dividir sua conta publicitária de R$ 8 milhões anuais por quatro anos, a partir de janeiro de 2014. Foram também o motivo de anúncio veiculado nesta terça-feira (3) e assinado por 17 empresas de publicidade do Pará, justificando sua ausência do processo. A concorrência só atraiu duas agências paraenses: a Vanguarda e a DC3, uma das atuais donas da conta junto com a OMG. E mais a Focus do Maranhão. Entre as signatárias da peça estão agências reconhecidamente competentes, tradicionais e premiadas do Pará, como Galvão, Mendes e Griffo. Diante da perspectiva de uma operação deficitária, as maiores agências de Belém pediram a intervenção da ABAP local e Sinapro Pará. As duas entidades, apesar de insistentes pedidos, não tiveram suas ligações telefônicas atendida pelo Banco da Amazônia. A instituição recusa-se a rever os itens criticados que, segundo sua direção, estão de acordo com a prática de empresas governamentais. São as mesmas regras estabelecidas pelo Banco do Brasil, com uma pequena diferença: a verba do BB é R$ 500 milhões. Também insiste que o edital de concorrência foi revisado e avalizado pela Secom, em Brasília. A polêmica inclusive coloca como antagonistas dirigentes locais, como Pedro Galvão, da Galvão Propaganda, diretor  ABAP Nacional, e Celio Sales, presidente da ABAP Pará e sócio da DC3, uma das atuais agências do banco.

on BANCO DA AMAZÔNIA REVOLTA AGÊNCIAS

Polêmica

O MEU É MAIS BRAVO QUE O SEU

Publicado em

Anúncio da DPZ envolvendo a capa da revista “Época” desta semana, que integra campanha do Mini Paceman, da BMW, remete à uma peça criada em 97 pela McCann para o lançamento da Blazer 4.3V6 e inscrito no Festival de Cannes daquele ano. Edinho Fernandes e Enido Michelini assinam esse anúncio da Chevrolet com direção criativa de Adalberto D’Alambert. Enquanto a Blazer surge atrás de grades, o Mini está atrás de uma cerca. Com o conceito “O Mini que morde”, a campanha da DPZ começou com um teaser na página da marca no Facebook e conta também com ação de marketing de guerrilha, apresentação à imprensa, festa de lançamento, peças digitais, comercial de cinema e spots de rádio. A criação é de Beto Marques, Fabio Rodriguez, Bruno Brazão, Gabriel Duarte, Viktor Busch, Alexandre Tobio e Victor Castelo, com direção criativa de Francesc Petit, Rafael Urenha e Cássio Zanatta.

on O MEU É MAIS BRAVO QUE O SEU

Polêmica

SÓCIO DE AGÊNCIA CONDENA PARÓDIA

Publicado em
Real condenou a iniciativa

Em nota oficial da Script enviada ao site de notícias “Janela Publicitária”, do jornalista Marcio Ehrlich, o sócio Ricardo Real classificou o vídeo “Dumb Ways to Die in Rio” como uma iniciativa oportunista e estéril enquanto forma de protesto. Ele se refere à paródia do premiadíssimo case da McCann da Austrália para o Metrô de Melbourne, ganhador de cinco Grand Prix no Cannes Lions 2013, realizada por criativos de sua agência. A peça foi criada por Marcos Siqueira, Daniel Thomer, Renan Riveiro e Thiago Morales, profissionais da carioca Scritp, porém de forma independente e realizada pela produtora Silence. A crítica se torna mais veemente pelo fato de além de sócio, Real ser também o diretor de Criação da agência. Postado no Youtube na segunda-feira (1º), o vídeo já atingiu quase 260 mil views. Durante a terça-feira (2), a polêmica peça foi alvo de elogios mas também de inúmeras críticas por retratar o Rio de Janeiro de forma depreciativa com relação não só à segurança como também aos serviços públicos. Quem a condena lembra que além de foco turístico tradicional, a cidade ainda conta com aumento de receita na área em razão da Copa do Mundo de 2014 no Brasil e principalmente a Olimpíada de 2016, quando será a única sede. Enquanto a peça australiana original, com 52 milhões de views no Youtube, recomenda cuidado em torno do Metrô, a paródia brasileira diz que é preciso ter cuidado no Rio de Janeiro. Real fundou a Script em 1994 com Rodrigo Amado e Carlos Nolasco como a proposta de realizar um trabalho criativo de vanguarda. Sua nota: “Ontem fomos surpreendidos com a notícia de que quatro dos nossos funcionários, agindo de forma independente, foram os co-autores da paródia Dumb Ways to Die in Rio. Respeitamos o direito à liberdade de opinião e expressão dos nossos colaboradores no âmbito de suas vidas privadas, mas como acabamos envolvidos indiretamente no episódio gostaríamos de esclarecer que não tivemos conhecimento prévio da ação e tampouco concordamos com seu teor, consideramos tratar-se de uma iniciativa oportunista e estéril enquanto forma de protesto”.

on SÓCIO DE AGÊNCIA CONDENA PARÓDIA

Polêmica

CONAR PUNE VIVO E NESTLÉ

Publicado em

A 6ª Câmara do Conselho de Ética do Conar puniu, entre outros anunciantes, a Vivo e a Nestlé com sustação e alteração de publicidade, respectivamente. As decisões foram tomadas por um grupo de conselheiros que incluiu José Francisco Queiroz, Sandra Sampaio, Rino Ferrari Filho e Marcelo de Salles Gomes, entre outros. Por maioria de votos, a Vivo deverá sustar anúncio que remete à uma peça do plano empresarial TIM Intelligente. Acusada de plágio por conceito repetido, a peça da Vivo apresenta seu ícone, o boneco da marca, com mesmo corte da cabeça representando uma estante que ilustra anúncio da TIM. Por maioria de votos, a decisão foi de sustação. No caso da Nestlé, com pedido unânime de alteração agravado por advertência anterior, o problema é com a informação contida na embalagem de seu Nescau Light, que apregoa 30% menos calorias. Ocorre que a comparação se faz entre uma porção de 20 gramas de produto tradicional e outra de 10 gramas da versão Light. Segundo a companhia, ambas são equivalentes em sabor, com o que o Conar não concorda.

on CONAR PUNE VIVO E NESTLÉ

Polêmica

ENDEMOL VENDE REALITY PARA 2 EMISSORAS

Publicado em
Juliana: venda do mesmo produto para SBT e Globo

Um imbróglio promete adiar por tempo indeterminado a estréia no Brasil do reality show “Your Face Sounds Familiar” (Seu rosto me parece familiar). Em formato de game, a atração apresenta celebridades que se transformam em outros artistas para realizar performances musicais e já é exibido em mais de 20 países. O reality foi oferecido ao SBT em janeiro deste ano na MipCom por Juliana Algañaraz, diretora de Marketing da Endemol Brasil, com prazo para fechamento até agosto. No último mês de abril, porém, a executiva anunciou que esse prazo havia se reduzido e que o SBT teria apenas mais 15 dias para se decidir pela compra. “Tive duas reuniões com a Juliana e decidimos efetuar o negócio porque tínhamos interesse no formato. A conclusão das negociações ocorreu no dia 26 de abril e temos tudo documentado por troca de e-mails”, explica Glen Valente, diretor Comercial e de Marketing do SBT. A partir daí, e com a fase de comercialização do plano de mídia junto a patrocinadores já em andamento, a emissora recebeu a visita de Ana Languenber, que se identificou como representante da Endemol Internacional, informando, apenas verbalmente, que não poderia manter a venda dos direitos ao SBT pelo fato do programa ter sido negociado com a TV Globo. “Ao cobrarmos uma posição da diretora da Endemol Brasil, ela apenas disse que não podia falar e que viria uma executiva de Londres para explicar ao SBT o motivo da não efetivação do negócio. Vamos fazer valer nossos direitos na Justiça e exigir o cumprimento integral das obrigações que foram assumidas pela Endemol, inclusive o ressarcimento dos prejuízos”, conclui Valente.

on ENDEMOL VENDE REALITY PARA 2 EMISSORAS

Polêmica

JÚRI SALVA A LEO, ACUSADA DE PLÁGIO

Publicado em
Mesma ideia, dois anos antes

Case mais premiado do Brasil no Fiap 2013, com GP de Promo, Sol de Plantino, prêmio máximo e único em Campanhas Integradas, Melhor trabalho em Bem Público na Copa Iberoamerica, além de Ouro em Inovação, Efetividade e Relações Públicas, “Meu Sangue é Rubro Negro”, da Leo Burnett Tailor Made para o Hemoba, hemocentro da Bahia, criado no ano passado, esteve seriamente ameaçado no Fiap na manhã desta quarta-feira (1º). Uma denúncia chegada da Espanha lembrava do case “El poder de la Roja”, criado pela agência Netthink Isobar, de Madri, para a Cruz Vermelha, em parceria com a Adidas. Criada em 2010 aproveitando o tema Copa do Mundo da África, da qual a seleção espanhola foi campeã, a ação também visou o aumento da doação de sangue no País. E igualmente utilizou a camisa de uma equipe de futebol, no caso da própria seleção, que apareceu branca na capital da Espanha em imenso painel na rua. Em tempo real pela Internet, o povo acompanhou a volta da cor vermelha no uniforme, pintada por trabalhadores em andaimes, à medida que a doação de sangue aumentava. A direção do Fiap convocou o presidente do júri de Campanhas Integradas, o espanhol Tony Segarra, para avaliar o caso. E embora favorável à manutenção dos prêmios para a Leo Burnett brasileira, ele consultou os jurados. Para Segarra, apesar de a ideia ser a mesma, o case do Hemoba foi muito mais completo e envolveu inclusive o próprio time de futebol, o Vitória da Bahia, que de rubro negro virou alvinegro e foi jogando partidas de verdade com camisas diferentes, com mais tons de vermelho, até retomar seu padrão original. Pesou bastante a opinião do jurado brasileiro, Luiz Sanches, da Almap BBDO, que também votou pela manutenção dos prêmios para a Leo mesmo tendo em vista que sua própria agência seria beneficiada com a cassação dos troféus, ficando com o Sol de Platino.

on JÚRI SALVA A LEO, ACUSADA DE PLÁGIO

Polêmica

APRO ENCARA ABA E ACALMA ASSOCIADOS

Publicado em
Sonia: direito autoral é do diretor

A Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais está encaminhando nesta segunda-feira (15) um comunicado aos seus associados rebatendo acusações da ABA. Segundo Sonia Regina Piassa, diretora executiva da entidade, o documento enviado pela Associação Brasileira de Anunciantes às empresas é totalmente descabido. “Não estamos boicotando a transição do formato físico de cópias para o digital. Aliás, abrimos espaço para que essa empresa, a Adstream Samba, entrasse no negócio como repassadora do material. Com isso, reduzimos em 330 reais o custo de cada cópia, passando de 1.150 reais para 820 reais”, explica ela. “O que não dá para discutir é o direito autoral de cada obra. O filme é uma propriedade intelectual do diretor de cena. Isso é incontestável. O direito de uma obra artística não pode ser de uma pessoa jurídica, isso não existe na legislação. O autor é uma pessoa física e não vai mudar”, completa. Indignada com o comunicado da ABA, que recomenda às empresas inclusive montar ou comprar uma produtora, ela rebate: “Se querem comprar uma produtora eu mesmo indico várias. Só que eles vão comprar parede, porque talento não se vende”. Sonia diz também que as produtoras poderiam enviar elas mesmas o filme por streaming para as emissoras, mas permitiram a entrada de um terceiro componente. “Na verdade ele é o motoboy, mas nós somos a pizzaria. Se não tem pizza, não adianta ter motoboy para fazer a entrega”, compara.

on APRO ENCARA ABA E ACALMA ASSOCIADOS

Polêmica

ABA DECLARA GUERRA ÀS PRODUTORAS

Publicado em

O que já era uma eterna briga virou guerra. Há anos produtoras reclamam da baixa remuneração pelo número de cópias de material audiovisual que devem enviar para emissoras. Conforme a APRO, associação das produtoras, os grandes anunciantes e empresas estatais impõem valores através de suas centrais de compras. Agora são os anunciantes que se negam a pagar valores estabelecidos em dezembro pelas produtoras pelo envio de material digital. A mudança da peça física para digital ainda não gerou consenso entre as partes. No meio do caminho, na maioria das vezes as agências agem exatamente como parte intermediária, ou seja, não se metem na briga. Nesta sexta-feira (12) a ABA, associação dos anunciantes, radicalizou. Baseada numa postura das produtoras que estariam dificultando a implantação definitiva do sistema digital, classificado inclusive como boicote, a ABA chegou a recomendar a seus associados até a criação de produtora própria ou aquisição de uma. Isso, claro, para aqueles com grande volume de trabalhos. Outras opções seriam contratar produtoras a partir de um story board definido ou fazer constar dos contratos a cláusula de cessão de direitos. Com isso, a ABA quer fazer valer a premissa de que são os anunciantes que pagam os verdadeiros donos das obras. A APRO, por sua vez, entregou o caso para seu departamento jurídico e promete breve orientação aos seus associados.

on ABA DECLARA GUERRA ÀS PRODUTORAS

Polêmica

DIVERGÊNCIA PODE TIRAR SÓCIO DA LEO

Publicado em
Lindenberg: avaliando sua situação

A implantação de um Conselho Criativo na Leo Burnett Tailor Made, sob a presidência de Marcelo Reis, pode ser o motivo da possível saída do sócio Ruy Lindenberg da agência. Lindenberg, vp de Criação da Leo na gestão de Renato Loes, permaneceu na agência após a saída daquele executivo e comandou a transição até a chegada de Paulo Giovanni, em abril de 2011. Giovanni assumiu a nova Leo Burnett Tailor Made com sua equipe, que incluía o executivo de Criação Marcelo Reis. Desde então, Reis e Lindenberg vinham dividindo a direção criativa da agência. A nomeação de Reis para a presidência do recém-criado Conselho Criativo, departamento responsável pelas diretrizes da área, porém, desagradou Lindenberg que se recusou a participar do mesmo. Nos bastidores da agência dá-se como certa a decisão de Lindenberg de deixar a empresa, embora sua condição societária o obrigue à uma negociação com a rede internacional. Paulo Giovanni, presidente da agência, atualmente no México em compromissos com a Procter & Gamble, atendeu o Blog afirmando que apesar da divergência, em princípio Lindenberg não está deixando a agência. “Ele é nosso sócio e amigo e espero que as coisas se resolvam. Agora, se for decisão dele deixar a Leo vamos ter que respeitar e conversar a respeito”, disse. “Não vou aceitar esse Conselho Criativo. Discordo totalmente de sua implantação. Agora, o Giovanni disse que tinha outras alternativas que não conheço. Vou esperar ele voltar ao Brasil para discutir. Se não houver opção, resta então negociar minha situação como sócio da empresa”, afirmou Ruy. O premiado criativo já atuou em importantes agências do País, como DPZ, W/Brasil, Young & Rubicam e Talent, além da Leo Burnett. Foi jurado do País em festivais internacionais como Cannes, Fiap, Clio e incluído no Hall da Fama do Clube de Criação de São Paulo em 2010.

on DIVERGÊNCIA PODE TIRAR SÓCIO DA LEO