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INCLUSÃO TEM BAIXO NÍVEL EM AGÊNCIAS

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Levantamento realizado pelo Grupo de Planejamento junto a 78 agências de publicidade aponta baixa diversidade do perfil sociodemográfico da área de planejamento, e tímido engajamento institucional em iniciativas de inclusão.

Mais da metade das agências disse não ter qualquer iniciativa relacionada a diversidade e inclusão, e apenas 13% afirmam ter um programa estruturado.

A consulta é parte do programa “Melhor no Plural”(#melhornoplural), que visa fomentar maior diversidade nas estruturas internas das agências de publicidade.

Entre julho e agosto a entidade enviou ao mercado um questionário, ao qual 78 agências responderam. Entre elas, 35 possuem até 100 funcionários, 33 possuem entre 101 e 300 colaboradores e 10 contam com uma equipe de mais de 300 profissionais.

Da amostra total, mais da metade (53%) disse não ter nenhum tipo de iniciativa relacionada a diversidade e inclusão, e apenas 13%informaram possuir um programa estruturado.Apenas 17% possui algum tipo de política exclusiva de contratação para grupos de diversidade, e só 5% declaram ter um programa de mentoría e treinamento pós-contratação.

“Constatamos o que intuitivamente já antecipávamos, ou seja, que o mercado de agências pode até estar informado sobre a importância da diversidade e inclusão, porém talvez ainda não esteja consciente de sua relevância. Nosso objetivo foi evidenciar de maneira concreta o grande potencial de inovação e criatividade que se perde pela manutenção de times pouco plurais, com um leque de perspectivas e vivencias menos variado”, diz Flávia Spinelli, líder da frente de diversidade do GP e global client partner do Facebook.

O percentual total de agências que declaram ter ZERO pessoas em seu Planejamento em perfis específicos são: 94% não têm pessoas com deficiência, 64%  não têm negros, 26% não têm pessoas de periferia, 85% não tem pessoas acima dos 50 anos, 17% não têm GLBTI+ e 40% não têm pessoas fora do eixo Rio-SãoPaulo.

Da mesma forma, a resposta foi bastante negativa com relação a contar com esses tipos de perfil em cargos gerenciais.

“Trata-se de um cenário alarmante, uma vez que já é atestado quão maior é o impacto e a efetividade de políticas de gestão de pessoas quando ela parte da liderança e de indivíduos que tenham voz dentro da organização”, pondera Flávia.

Os dados foram debatidos pelo GP em parceria com a LoCurioso Research and Strategy na “Maratona de Aceleração Melhor do Plural”, que conta com a presença de representantes de 38 agências e vai aprofundar esse retrato preliminar.